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Steak Diana e Filé à Oswaldo Aranha ressurgem no cardápio do Pachá
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Filé à Oswaldo Aranha, um clássico da gastronomia carioca que ganhou o Brasil décadas atrás e ressurge agora no cardápio do Restaurante Bar do Pachá. (Foto/ Anacreon de Téos)

Que é o mais gastronômico dos bares de Curitiba, tenho cansado de postar aqui. Tanto que de uns tempos para cá mudou até o nome oficial, na placa do estabelecimento. Agora está escrito Restaurante Bar do Pachá. Por atrair especialmente pela comida, impecavelmente preparada pelo proprietário e chef Zico Garcês, que a cada dia se aprimora ainda mais na escolha das estrelas de seu cardápio.

O que marca o Pachá é o retrô. Pratos que sobreviviam apenas na memória das pessoas desfilam no menu da casa, oferecendo, aos mais velhos, um saboroso mergulho no passado e, aos mais novos, uma nova experiência que não existe em outros lugares. Tanto que, nesses já cinco anos de existência da casa, alguns dos favoritos dos clientes são o Filé ao poivre vert e o Strogonoff de camarão, apenas para ficar nesses dois. De entrada, claro, imbatível é o Coquetel de camarão. Pode existir algo mais retrô que isso?

Ainda sem contar alguns ícones da cozinha nacional, como a Dobradinha, a Rabada com agrião e a Língua com purê, sempre servidas às segundas-feiras.

Pois bem, mas sempre tem mais. Irrequieto, incansável na busca de alternativas de prazer gustativo para os frequentadores do seu bar/restaurante, Zico Garcês está sempre inventando moda. Ou melhor, reinventando. Tanto que agora está lançando dois novos pratos no cardápio, ambos com boa rodagem nas antigas escolhas gastronômicas, Steak Diana e Filé à Oswaldo Aranha, ambos por R$ 58 e muito bem servidos.

Steak Diana, outro clássico reapresentado. (Foto/ Anacreon de Téos)

O Steak Diana é um dos clássicos da cozinha europeia. Há algumas controvérsias quanto à origem, mas a versão mais confiável é a de ter sido criado por um maître da Bélgica lá pela década de 20, no século passado. O charme desse prato, que foi muito difundido pelos restaurantes brasileiros até ali pelos anos 70, era a finalização, à mesa, à frente do cliente. Basicamente é uma peça fina de mignon ou miolo de alcatra grelhada, flambada com conhaque e daí finalizada com arroz, cogumelos, mostarda e creme de leite. Simples assim, saboroso assim.

Já o Filé à Oswaldo Aranha é um clássico carioca e teria sido criado pelo político e diplomata Oswaldo Aranha entre as décadas de 1930 e 40, no Rio de Janeiro. Ele costumava almoçar no Restaurante Cosmopolita, na Lapa, que era conhecido como “Senadinho”, por reunir os mais influentes políticos da época (o Rio era a capital da república). Aranha orientou a concepção e a montagem do prato, que passou a ser uma instituição da casa e, mais tarde, também levou para o Café Lamas, local que também frequentava.

Consiste, basicamente, em uma peça alta de filé mignon grelhada na manteiga, servida com lascas de alho douradas no azeite de oliva, batata palha e arroz branco.

No Pachá os pratos estão sendo reproduzidos exatamente como recomenda a receita original. A única diferença é que, por razões logísticas, o Steak Diana é finalizado na própria cozinha e não à mesa. Mas, mesmo perdendo esse charme extra, o sabor é exatamente o mesmo.

Há uma boa carta de vinhos e também interessantes opções de cervejas para permitir a harmonização com os dois pratos.

Que tal um mergulho no passado, então?

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