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Bernardo Pizzatto Teixeira e Fabiano Rocha Loures são os fundadores da Onli. Foto: Luiza Bogu
Bernardo Pizzatto Teixeira e Fabiano Rocha Loures são os fundadores da Onli. Foto: Luiza Bogu| Foto:

O número de startups do setor de seguros triplicou, no último ano. Pesquisa da camara-e.net, divulgada nesta quarta-feira (24), mostra que o Brasil já conta com 79 “insurtechs”. O Paraná é o segundo estado com maior número de empresas, atrás apenas de São Paulo (que concentra quase dois terços do total de negócios).

O mercado de insurtechs (junção de insurance=seguro com technology=tecnologia) ainda é muito novo. Mas cresce de forma acelerada. São empresas que incorporam tecnologia ao tradicional setor de seguros, muitas vezes em parceria com corretores e seguradoras.

Desdizendo a tese de que estas startups canibalizariam as empresas tradicionais, o mapeamento do Programa Nacional de Insurtechs mostra que:

62,07% das insurtechs foram criadas para potencializar negócios para as seguradoras;
56,90% para desburocratizar o setor; e
56,90% para potencializar negócios para corretores.

A Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net) começou a mapear o setor de insurtechs no ano passado. Há um ano, em agosto de 2017, havia 25 empresas na lista. Em dezembro do mesmo ano, o número subiu para 40. No mapeamento mais recente, o número subiu para 79.

Destas, oito são no Paraná. Entre elas a Onli, plataforma que promete a contratação de planos personalizados, 100% online, sem a necessidade de conversar com ninguém, em apenas cinco minutos.

Fundada há um ano, a Onli foi a única insurtech selecionada para aceleração no programa global da Visa, no Vale do Silício.

Já a Segfy, sediada em Curitiba, tem toda uma gama de produtos para corretores e seguradoras, como relatórios e um software de gestão. Seu foco é digitalizar processos realizados de forma manual por estes profissionais há anos.

O Paraná fica à frente de hubs importantes de tecnologia, como Rio de Janeiro e Minas Gerais (segundo e terceiro colocados, respectivamente), e Santa Catarina (oitavo estado da lista). Já o estado de São Paulo concentra dois terços das startups do setor.

A distribuição geográfica das Insurtechs é a seguinte:

62,07% – São Paulo
10,34% – Paraná
8,62% – Rio de Janeiro
6,90% – Minas Gerais
5,17% – Rio Grande do SUl
3,45% – Distrito Federal
1,72% – Espírito Santo
1,72% – Santa Catarina

Por público-alvo, o estudo se divide assim:

72,41% – B2B (modelo business-to-business, em que o cliente são outras empresas)
65,52% – B2B2C (business-to-business-to-consumer, que configura parcerias entre empresas para atingir o consumidor final)
51,72% – B2C (business-to-consumer, venda para o consumidor final)

A base tecnológica das insurtechs se distribui em:

55,17% – Produtos – Soluções para empresas
53,45% – Jornada do usuário – Canais digitais
51,72% – Produtos – Plataforma
48,28% – Produtos – Soluções para pessoas
46,55% – Data & Analytics – Big data

As principais dificuldades que estas empresas enfrentam são:

64,15% – dificuldades nas conexões de negócios com seguradoras
54,72% – nas conexões com corretores e seguradoras
52,83% – acesso a capital financeiro

Nos próximos dias, o Comitê de Insurtechs deve divulgar a lista das insurtechs mapeadas, pelo site www.camara-e.net.

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