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Para conhecer mais o café mineiro: 4 cafeterias que servem a bebida de vários “terroirs”
BELO HORIZONTE – Disputando quase que o mesmo espaço com os tradicionais botecos e estabelecimentos que servem os seus tira-gostos, as cafeterias têm provado que Belo Horizonte também é um dos lugares que fomentam o consumo do café. Esse é um dos motivos que levou a capital mineira a ser escolhida para receber a 6ª edição da Semana Internacional do Café (SIC), realizada no começo de novembro.
Além de divulgar o estado como o maior produtor de café do Brasil, o evento também incluiu, à parte, um roteiro com cafeterias que divulgaram os seus melhores grãos especiais em uma ação batizada de “Café da Semana”. O projeto serviu de pontapé para que o público explorasse novos sabores da bebida.
E não se trata só de degustar a bebida em um simples copo lagoinha, daqueles perfeitos para bebericar em qualquer padaria e em qualquer hora. O mineiro tem se permitido a vivenciar rituais completos de tomar o café em novos espaços e até preocupam com a região de onde vem o grão e pelas técnicas de preparo.
“As pessoas querem saber a origem do grão, de onde é feito e por quem é feito. Quem saber a história e não só comprar o produto”, acredita Leandro Dornas, sócio-proprietário do Roça Capital, um dos estabelecimentos que participou do roteiro de café durante a SIC e continua servindo o seu café da semana, que é a especialidade da casa, da marca Mito, com notas de avelã e café.
Terroir?
É interessante observar que cafeterias que participam desse roteiro servem cafés de diferentes regiões mineiras, como Cerrado Mineiro, Mantiqueira de Minas, Matas de Minas, Sul de Minas e Chapada de Minas. É claro que o clima e o solo são condições fundamentais para chegar ao grão especial.
“O Cerrado, com uma agricultura de base empresarial e altamente tecnificada; a Mantiqueira com uma agricultura tradicional, mas estruturada e com utilização de técnicas avançadas na produção de cafés de qualidade; e ainda as Matas de Minas com a cafeicultura baseada na agricultura familiar, processos artesanais de produção e baixo índice de tecnologia empregada”, detalha Priscilla Lins, Gerente Unidade Agronegócio, do Sebrae.
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Roça Capital
Além da grande variedade de queijos artesanais, o Roça Capital também prioriza pelos cafés de pequenos produtores servidos com técnicas diferentes que vão além do cafézinho no coador de pano. Para o roteiro da SIC, o local apostou no café Dona Neném, do Mito, que é um bourbon amarelo, do Cerrado Mineiro. Como característica dessa região, o grão tem aroma tem notas de amêndoas, avelãs e caramelo. Já o corpo tem toque de chocolate e acidez delicada.
Serviço
Av. dos Bandeirantes, 1725 – Mangabeiras.
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Cofice
O Cofice elegeu três cafés da semana para fazer parte do circuito durante a SIC. O Honey, da Fazenda Fortaleza (café de corpo sedoso, alta doçura, com notas de mel frutas vermelhas e baixa acidez) produzido em São Gonçalo do Sapucaí, o Capadocia (com notas de abacate, uva verde, caramelo e acidez cítrica) produzido na Mantiqueira de Minas (Sul do Estado e reconhecida pela produção de cafés raros) e, por último, o Capela (notas de cacau, frutos secos, doçura média e retrogosto bastante potente) produzido em Carmo de Minas – região que contempla 6% da produção mineira de café.
Serviço
Av. Álvares Cabral, 356 – Centro.
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A Pão de Queijaria
O local elegeu como o “café da semana” o grão da região das Matas de Minas (responsável por 25% da produção mineira de café). Trata-se do café Portilho, produzido em Luisburgo, aos pés da Serra do Caparaó que tem acidez cítrica e doçura agradável. Vale lembrar que a região foi a que produziu o melhor café arábica de 2018 no Brasil – o café Forquilha do Rio foi o vencedor do prêmio Coffee of The Year anunciado na última sexta-feira na Semana Internacional do Café (SIC). “Gostei do café preparado através do método prensa francesa, pois curto um café mais encorpado e com leve doçura. E a melhor parte é que vinha acompanhado de uma porção pãezinhos de queijo”, contou a jornalista e chef Ana Sandim que participou do circuito.
Serviço
R. Antônio de Albuquerque, 856 – Funcionários.
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Noete
Um grão bourbon amarelo natural, da Fazenda Recanto, do município de Machado (MG), do produtor Afrânio Paiva foi o escolhido no mês do Noete para satisfazer os paladares mais exigentes dos apreciadores da bebida. “Ele tem a doçura do chocolate meio amargo, acidez vibrante e um aroma de frutas amarelas”, garantiu o proprietário Daniel Araújo Cabral.
Vale mencionar que a região de Machado, no Sul do Estado, é responsável por 50% da produção mineira de café e, por isso, é a mais tradicional das regiões produtoras de café de Minas Gerais. Os cafés de lá apresentam doçura e roma floral.
Serviço
R. Santo Antônio do Monte, 294 – Santo Antônio.
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