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Hack pela Gastronomia

Relação sólida com fornecedor na Itália garantiu abastecimento da Paganini no auge da pandemia

Isadora Rupp, especial para o Bom Gourmet
22/08/2020 13:47
Um dos primeiros países duramente atingidos pela pandemia do novo coronavírus depois da China, a Itália precisou lidar com diversos problemas e descobertas, desde aprender sobre o vírus até garantir o abastecimento de itens básicos. Em março, quando a pandemia se espalhava, o país enfrentava um pico rápido, o que levou, inclusive, a problemas de falta de produtos nos supermercados. Um dos itens básicos para os italianos que por um tempo virou raridade foi o macarrão, tamanha a demanda dos consumidores que, preocupados, faziam estoques de alimentos em casa.
O país foi um dos que realizou um dos lockdowns mais duros da Europa para conter a pane que assolou o sistema de saúde, com a interrupção de fábricas, paralisação dos portos e outras situações que afetaram a entrada dos produtos importados da Itália no Brasil e em outros países.
A situação preocupou o braço brasileiro da Paganini, marca de produtos alimentícios produzida há mais de 30 anos na região Sudeste da Itália, preparadas com sêmola 100% de grano duro, empresa patrocinadora master do Hack pela Gastronomia, promovido pelo Bom  Gourmet em setembro.
Para evitar a quebra do abastecimento dos produtos (como macarrão, azeites, atomatados, arroz arbóreo, entre outros), a Porto a Porto, importadora de Curitiba que traz ao Brasil os itens da marca, reforçou a sua relação de duas décadas com o fornecedor. “Por isso ultrapassamos a primeira fase da pandemia no país europeu sem ter quebra de estoque. Foi a relação de confiança que garantiu que não houvesse falta dos produtos” afirma o diretor comercial da Porto a Porto, Hugo Sola.
Além da proximidade e das conversas com a Paganini, outra medida tomada foi a de migração de produtos que eram destinados aos restaurantes, que ainda estavam fechados, para os supermercados. “Isso a gente pode constatar tanto em alimentos quanto em vinhos” diz Sola.
Cozinhar em casa
Sem poder sair de casa, muitas famílias começaram a ver na cozinha uma válvula de escape para se distrair e fazer uma atividade diferente. Isso impulsionou as vendas dos supermercados que, mesmo em meio a um cenário de crise econômica e desemprego, observaram uma alta mensal entre 2% a 4% desde março de 2020, segundo dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
A Paganini registrou um crescimento de 15% das vendas no Brasil desde o começo da pandemia. “Sem poder sair para jantar em seus restaurantes prediletos, as pessoas começaram a investir em insumos como massa de grano duro, azeite de oliva extravirgem de qualidade, e por aí vai” salienta Hugo Sola.
Para ajudar os consumidores a ficarem mais íntimos do ato de cozinhar, a marca também reforçou o seu conteúdo nas redes sociais. Além de vídeos de receitas, a Paganini disponibilizou um livro de receitas em seu site para download gratuito, seguindo a cultura da empresa de promover educação e conhecimento aos clientes e parceiros.
Pequenos restaurantes 
Empórios, pequenos supermercados e restaurantes clientes da Paganini também tiveram o apoio reforçado, com estratégias para incentivar o atendimento via delivery ou take away – foram mais de 400 estabelecimentos atendidos, somente em Curitiba.
A marca também renegociou prazos e pagamentos por parte dos empreendimentos. “A recepção dessas novas ideias para muitos empresários foi o que salvou os negócios em tempo de isolamento social. Infelizmente, esse foi um dos setores da economia mais afetados” afirma Sola.
A Porto a Porto também ofereceu um curso gratuito a distância sobre vinhos para parceiros no Paraná e Rio Grande do Sul.  “Foi a maneira que encontramos: contribuir com conhecimento nesse momento tão delicado para todos”, diz o diretor comercial. 
Hack pela Gastronomia 
Em setembro a Paganini estará com o Bom Gourmet no Hack pela Gastronomia, iniciativa que tem como grande objetivo encontrar soluções reais para o setor de alimentação. O Hack contará com uma série de talks temáticos sobre o mercado, realizados entre os dias 1º e 9, e um hackathon de cinco dias, entre 12 e 16 de setembro, que reunirá mentes criativas para ajudar na solução dos problemas dos negócios.  A ação resultará na criação de um banco de oportunidades e ideias para que toda a cadeia de food service se desenvolva ainda mais neste momento desafiador.
O projeto, idealizado pelo Bom Gourmet, conta com o apoio do Facebook Journalism Project (FJP), que, em parceria com o Centro Internacional para Jornalistas, lançou um fundo de US$ 2 milhões para ajudar as organizações de notícias na América Latina durante a crise de Covid-19.

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