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Foi suspenso nesta sexta-feira (17) o julgamento do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), no Tribunal Regional Eleitoral do estado (TRE-RJ) após pedido de vista pelo juiz Marcello Granado. O Tribunal julga desvios na Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj) e na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) no ano eleitoral de 2022. Antes da paralisação, o relator do caso, juiz Peterson Barroso Simão, havia votado em favor da cassação do mandato e inelegibilidade do chefe do Executivo carioca por oito anos.
Além de Castro, o juiz-relator também foi favorável à cassação do vice-governador, Thiago Pampolha (MDB), bem como à inelegibilidade e cassação do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado estadual Rodrigo Bacellar (PL). Ainda restam os votos de seis juízes.
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Em seu voto, Simão afirmou que “a responsabilidade do réu Cláudio Castro decorre do poder que detinha à época no cargo de governador tornando manipulável tanto a Ceperj tanto a Uerj para fins ilegítimos, pois praticou ou permitiu, ou mandou praticar conduta ilícita, objetivando a reeleição com sucesso através da distribuição de fortuna a simpatizantes causando enorme prejuízo e desigualdade entre os candidatos”.
A defesa do governador do Rio de Janeiro, em nota, afirmou que as suspeitas de irregularidades ocorreram antes do início do processo eleitoral e que "ao tomar conhecimento das denúncias, o governador ordenou a suspensão de pagamentos e contratações realizadas pelos projetos ligados à Fundação Ceperj": "O governador Cláudio Castro mantém a sua confiança na Justiça Eleitoral e no respeito à vontade de 5 milhões de eleitores do Estado do Rio de Janeiro que o elegeram em primeiro turno com 60% dos votos", acrescentou a defesa.




