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Operação Rejeito

PF faz prisões e bloqueia R$1,5 bi por crimes ambientais e corrupção

Operação da PF mirou fraudes em licenças ambientais e corrupção em Minas Gerais. (Foto: Marcelo Camargo/Âgência Brasil)

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A Polícia Federal, com o apoio da Controladoria-Geral da União, Ministério Público Federal e Receita Federal, deflagrou nesta quarta-feira (17) a Operação Rejeito, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa envolvida em crimes ambientais, corrupção e lavagem de dinheiro com potencial bilionário.

Os policiais focaram suas ações em um conglomerado composto por mais de 40 empresas, que operam na extração de minério em Minas Gerais. O inquérito, iniciado em 2020, revelou que o grupo subornou servidores de diversos órgãos, como a Agência Nacional de Mineração (ANM), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas (FEAM) e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente.

A operação cumpre 79 mandados de busca e apreensão, 22 mandados de prisão preventiva, além do afastamento de servidores públicos e o bloqueio/sequestro de ativos no valor de R$ 1,5 bilhão.

A Justiça Federal de Minas Gerais também determinou a suspensão das atividades das empresas envolvidas. A investigação revelou que o grupo corrompeu agentes públicos de órgãos federais e estaduais de fiscalização e controle ambiental, a fim de obter licenças ambientais fraudulentas para exploração ilegal de minério de ferro em áreas sensíveis, como regiões tombadas e próximas a áreas de preservação.

As atividades ilícitas do grupo resultaram em graves danos ambientais e riscos de desastres. A organização também utilizou diversas estratégias para lavar o dinheiro proveniente de suas atividades criminosas.

Estima-se que o lucro obtido com essas práticas ilegais seja de, pelo menos, R$ 1,5 bilhão, com projetos relacionados ao grupo apresentando um potencial econômico superior a R$ 18 bilhões. Os envolvidos podem ser processados por crimes ambientais, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e obstrução de investigações.

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