O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD-RJ), disse que há um “descontrole total” na segurança pública após uma reação violenta do crime organizado à morte de um líder miliciano no estado, no final da tarde desta segunda (23). Após a morte de Matheus da Silva Rezende, conhecido como “Faustão”, a milícia incendiou pelo menos 35 ônibus na cidade.
Paes responsabilizou o governo do Rio de Janeiro e o Ministério da Justiça pela situação e instou-os a evitar que episódios semelhantes se repitam no futuro.
Ele descreveu as ações dos milicianos como um “tapa na cara do Estado” e destacou que os principais prejudicados são “o povo trabalhador”. Nas redes sociais, o prefeito pediu uma resposta “muito firme” das forças policiais.
“Quando o sujeito além de bandido é burro. Milicianos na zona oeste queimam ônibus públicos pagos com dinheiro do povo para protestar contra operação policial”, afirmou o prefeito em entrevista à Folha de São Paulo.
A reação violenta dos milicianos aconteceu após a morte de Faustão, apontado como uma das lideranças da maior milícia do Rio de Janeiro. Ele foi morto em uma operação da Polícia Civil na comunidade Três Pontes, na zona oeste da cidade.
De acordo com denúncias à Justiça, Faustão era a segunda liderança da milícia, chefiada por seu tio, Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como “Zinho”. O miliciano também havia sido denunciado por seu envolvimento no assassinato do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, o “Jerominho”, em setembro.
A advogada de Faustão, Leonella Vieira, disse que estava investigando a morte de seu cliente e não se manifestaria sobre as acusações do Ministério Público do Rio de Janeiro neste momento.
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