O velório do corpo do cartunista Ziraldo na manhã deste domingo (7) foi transferido da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) para o Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro. A alteração ocorreu a pedido da família por conta da expectativa de grande público.
O sepultamento, por outro lado, segue marcado para às 16h30 no Cemitério São João Batista, também na capital fluminense. Ziraldo morreu aos 91 anos na tarde de sábado (6) em casa, enquanto dormia, mas a causa não foi divulgada.
Conhecido por criar personagens icônicos como “O Menino Maluquinho” e “Turma do Pererê”, Ziraldo foi também um dos fundadores do jornal “O Pasquim” nos anos 1960, um veículo contra a ditadura militar no Brasil.
Nascido em 24 de outubro de 1932 em Caratinga (MG), Ziraldo teve seu primeiro desenho publicado aos seis anos de idade no jornal “A Folha de Minas”. Graduou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Minas Gerais em 1957, enquanto simultaneamente desenvolvia a carreira nas revistas “A Cigarra” e “O Cruzeiro”.
Os primeiros personagens de Ziraldo, como Jeremias, o Bom, Supermãe e Mineirinho, surgiram nos anos 1960. Na década seguinte, criou a primeira revista brasileira de histórias em quadrinhos com um único autor, chamada de “Turma do Pererê”, inspirado pelos indígenas e animais do folclore brasileiro.
Já o seu maior sucesso, “O Menino Maluquinho”, nasceu em 1979 e foi lançado em 1980.
A morte do cartunista gerou uma onda de repercussões como do quadrinista Mauricio de Sousa, que o chamou de “irmão”. Políticos como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o prefeito fluminense Eduardo Paes (PSD), ministros e parlamentares também prestaram condolências e homenagens.
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