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Nesta segunda-feira, o ex-presidente Jair Bolsonaro teve prisão domiciliar decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), foi o primeiro dos possíveis presidenciáveis do campo da direita e da centro-direita a se manifestar a respeito do ocorrido.
"Mais um capítulo sombrio na história de perseguição política do STF", afirmou Zema, desejando solidariedade à família do ex-presidente. O mineiro destacou como a decisão de Moraes ocorreu apenas pelo fato de Bolsonaro "ter sua voz ouvida nas redes".

Zema ainda disse sobre o atual momento político: "É a democracia do silêncio. A democracia do medo." Essa é a segunda vez em que o governador do Novo sai em defesa de Bolsonaro antes de outros nomes relevantes para as eleições de 2026, como Tarcísio de Freitas (Republicanos), Ratinho Jr. (PSD) e Ronaldo Caiado (União Brasil).
Quando Bolsonaro foi alvo de mandatos de busca e apreensão pela Polícia Federal, o governador mineiro afirmou que "não existe democracia quando a Justiça é politizada". Também ressaltou que o processo legal que obrigou o ex-presidente a usar tornozeleira eletrônica foi "cheio de abusos e ilegalidades".
Ratinho Jr. pede por "harmonia dos Poderes"
Após a declaração de Zema, o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD) também pediu solidariedade à Bolsonaro. Em postagem nas redes, ressaltou que o povo brasileiro "tem visto, infelizmente cenas tristes" e argumentou que "um novo país" não poderá ser construído "com ativismo, seja de qualquer parte".

Ratinho Jr. pediu: "Devemos buscar o equilíbrio, o fortalecimento das nossas instituições e, sobretudo, a harmonia dos Poderes, respeitando o que está previsto na Constituição."
Por fim, ressaltou que "briga não coloca mais comida na mesa do trabalhador" e que o Brasil precisa de "união para seguir em paz".
Caiado clama por "liderança com autoridade moral"
Em seguida, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), comentou que "o ex-presidente já está condenado", defendendo que "se um cidadão não pode se manifestar publicamente em sua defesa, é porque o veredito está dado".
Caiado continuou: "Isso é grave, ainda mais se observarmos um processo que começou errado, quando o STF definiu pelo julgamento do ex-presidente em uma câmara e não pelo pleno da Suprema Corte."

Por fim, ele ressaltou que os "problemas reais" do Brasil estão sendo deixados de lado, como "os brasileiros reféns do crime organizado e sofrendo com a inflação e falta de perspectivas".
Sem citar STF ou Lula, Tarcísio pede iniciativa das instituições
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi último a se declarar sobre o decreto de Moraes. Ex-ministro de Bolsonaro, ele publicou um vídeo afirmando que a prisão do ex-presidente é "um absurdo".
"Vale a pena acabar com a democracia sob o pretexto de salvá-la? Será que não está claro que estamos avançando em cima de garantias individuais?", provocou Tarcísio. "Já passou da hora das instituições tomarem iniciativas para desescalar a crise."

Sem citar o ministro Alexandre de Moraes ou o presidente Lula, o governador de SP declarou que a disputa "resulta em soma zero" e criticou a "incapacidade de resolver e mediar conflitos".
Por fim, cravou que "hoje, cada um dos brasileiros de bem que acredita na liberdade, na democracia e na justiça, está sendo punido também"
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