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Depois de dominarem nas últimas duas semanas os cinemas dos EUA, os guerreiros espartanos partem para a conquista das telas do Brasil a partir da próxima sexta-feira, quando estréia no país 300, adaptação da graphic novel Os 300 de Esparta, de Frank Miller (Sin City) e Lynn Varley. A produção, com cenários todos realizados por computador, é o primeiro blockbuster da temporada 2007, que tem previstas ainda as estréias de Homem-Aranha 3, Piratas do Caribe 3 – No Fim do Mundo e Harry Potter e a Ordem da Fênix.

Para o público brasileiro, o atrativo principal do filme dirigido por Zack Snyder (Madrugada dos Mortos) é a participação de Rodrigo Santoro, que encara seu terceiro longa-metragem em Hollywood (depois de As Panteras Detonando e Simplesmente Amor). O ator carioca interpreta o vilão Xerxes, deus-rei persa que tenta dominar a Grécia e que enfrentará os espartanos liderados pelo rei Leônidas (Gerard Butler), o protagonista da história.

300 fala da batalha das Termópilas, no ano 480 a.C., quando um grupo de 300 soldados de Esparta enfrentou um gigantesco exército persa liderado por Xerxes, segurando o inimigo enquanto o restante da Grécia se armava para a guerra. A HQ de Miller e Varley não é muito fiel aos fatos históricos, privilegiando a ação da batalha.

Desde a estréia do filme nos EUA, diversas questões políticas tem sido levantadas com relação à fita – a principal é a de que Xerxes, com seu desejo de dominar o mundo, representa George W. Bush. Há alguns dias, os iranianos, que vivem hoje atualmente na região onde antigamente se localizava a Pérsia, se disseram ofendidos pela forma como os persas teriam sido retratados no filme.

"Fiquei sabendo dos protestos. É claro que não tentei atacar ou ofender alguém com o filme. Peço desculpas a quem tenha se sentido ofendido. Tentamos fazer um filme de fantasia, cuja proposta não era criar algo próximo da realidade. Para mim, 300 é apenas sobre a graphic novel de Frank Miller, queria passar para a tela a experiência de acompanhá-la", disse Snyder no grande evento de imprensa realizado na segunda-feira passada no Rio de Janeiro, que trouxe ao país, além do diretor, os atores Gerard Butler, Lena Headey (que interpreta Gorgo, esposa do rei Lêonidas) e, claro, Rodrigo Santoro. Os quatro conversaram com centenas de repórteres do Brasil e da América Latina em diversas mesas de entrevistas, das quais também participou o Caderno G.

Para o cineasta norte-americano, se Xerxes for retirado do contexto da graphic novel, sendo trazido para o mundo real, acabará sempre havendo uma visão política do filme. O diretor também falou sobre o conceito de luta pela liberdade, objetivo perseguido pelos espartanos na luta contra os persas. "É pena que, por causa do (George W.) Bush, essa idéia de se lutar pela liberdade se transformou em algo ruim, errado – as pessoas estão indo contra esse conceito. Isso é algo louco. E as pessoas têm hoje em dia essa visão negativa da América. E isso é péssimo, porque os Estados Unidos não são só Bush", lembra Snyder.

Gerard e Lena

Gerard Butler (O Fantasma da Ópera) e Lena Headey (Os Irmãos Grimm), protagonistas de 300, falaram sobre o sucesso da produção – que arrecadou mais de US$ 125 milhões em pouco mais de dez dias nas bilheterias americanas –, lembrando como ela pode dar um novo rumo às suas carreiras.

"Estou recebendo muitos comentários das pessoas. Sei que as coisas vão começar a mudar para mim, mas meu agente ainda não começou a receber contatos, está tudo muito próximo ainda", comenta o ator escocês, dizendo que mal era reconhecido pelas pessoas antes de 300 estrear.

Butler, que recentemente terminou de filmar a comédia romântica P.S., I Love You, ao lado de Hilary Swank, diz que não sabe ainda o que vai acontecer em sua carreira. "Eu posso até vir a ser um astro de filmes de ação, mas não sei se isso vai acontecer. Estou procurando coisas diferentes, que sejam excitantes. Esse sucesso é muito repentino", confirma.

Lena não está certa se 300 representará mesmo uma mudança em sua carreira no cinema. "Realmente não esperava o sucesso do filme, mas estou muito feliz com ele. Mas não crio muitas expectativas, vamos ver o que vai acontecer daqui para frente", revela a atriz que protagoniza o seriado The Sarah Connor Chronicles, que tem relação com a série de cinema O Exterminador do Futuro. O show estreou recentemente na tevê dos EUA e não se sabe ainda se continuará a ser produzido.

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