A arte do vendedor que faz amigos e influencia pessoas

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Guilherme Gruchouskei, aos 24 anos, é formado em Turismo, mas anuncia-se como um leitor. Ele é vendedor de livros e acredita que esse hábito é o que o faz toda a diferença em sua atual profissão.

Um exemplo: antes de ler A Sombra do Vento, de Carlos Ruiz Zafón, ele comercializou, durante seis meses, 30 exemplares do livro. Em um dia de folga, decidiu enfrentar as 399 páginas do romance. A partir de então, conseguiu vender mais de 400 exemplares nos seis meses posteriores à leitura da obra.

Gruchouskei trabalha, há dois anos, na Livrarias Curitiba, atualmente, na loja do Shopping Curitiba. Anteriormente, fez estágio na Biblioteca Pública do Paraná (BPP). Ele divide o tempo livre entre leitura e estudo. Fez duas pós-graduações, uma em Educação Ambiental e a outra em Planejamento Turístico. Hoje, lê pelo menos quatro livros por mês. Mas já manteve uma média maior.

Gruchouskei acabou de ler Deus É Meu Camarada, de Cyril Massarotto, romance candidato a best seller, pois mistura ficção com autoajuda.

Refresco

Os dias quentes de fevereiro são "refresco", comparados com a temporada de setembro a dezembro, período em que o movimento nas lojas dobra.

Gruchouskei conta que o segredo do sucesso, para ele, é, em primeiro lugar, dar um bom dia, ou boa tarde, ao cliente. Depois do sorriso, pode surgiu um ponto de contato. Entre um olá e uma pergunta, a conversa se refina.

Dia desses, um cliente pediu uma dica de terror. Ele sugeriu Stephen King. Antes do Natal, uma mulher queria presentear um amigo advogado, e ele indicou John Grisham, que ambienta algumas tramas em tribunais.

O vendedor afirma que, quando a indicação funciona, ele conquista um cliente. E quando erra? "O cliente nem volta para reclamar", diz.

Mas, entre perdas e ganhos, Gruchouskei contabiliza centenas de clientes fidelizados por seus palpites felizes de leitor voraz que é. (MRS)