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Os móbiles em madeira, produzidos nos anos 1950, integram A Invenção Lúdica | Antônio More/Gazeta do Povo
Os móbiles em madeira, produzidos nos anos 1950, integram A Invenção Lúdica| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo

Serviço

A Invenção Lúdica

Simões de Assis Galeria de Arte (Al. Dom Pedro II, 155, Batel), (41) 3232-2315. Hoje, às 19 horas. Entrada franca. Até 31 de maio.

Serviço

Isidro Blasco

SIM Galeria (Al. Pres. Taunay 130A, Batel), (41) 3322-1818. Inauguração hoje, às 19 horas. Até 31 de maio.

  • A
  • O artista Carmelo Arden Quin, fundador do Madi
  • A expansão das formas geométricas é a característica principal da obra do uruguaio
  • Isidro Blasco retratou espaços de Curitiba, expostos na sua mostra individual
  • O artista foi o fundador do movimento Madi, que colocou a arte latino-americana em evidência
  • Mobiles dos anos 1950 integram a individual na Simões de Assis Galeria
  • Movimentos cinéticos também estão presentes em alguns de seus quadros
  • É a primeira exposição individual de Arden Quin no Brasil
  • Retrospectiva traz obras das décadas de 1930 até produções da década de 2000
  • O galerista Waldir Simões de Assis Filho, galerista e curador de

A liberdade para utilizar as formas geométricas e a sensação de que o quadro pode "sair" pela moldura são duas fortes impressões ao observar as obras do artista plástico uruguaio Carmelo Arden Quin (1913-2010). Fundador do movimento artístico Madi, em 1946, responsável por colocar a América Latina em um foco mundial, o artista ganha a sua primeira mostra individual no Brasil, A Invenção Lúdica, que será inaugurada hoje na Simões de Assis Galeria de Arte, que o representa no país.

SLIDESHOW: Veja imagens das exposições na SIM Galeria e Simões de Assis

Na abertura, estarão presentes a viúva de Arden Quin, Sofía Kunst e o amigo Bolívar Gaudin, também integrante do Madi, que precedeu o Concretismo e o Neo-Conretismo no Brasil, e tinha como essência deixar de lado as limitações externas e expandir todas as possibilidades na criação. Na ocasião, também será lançado o catálogo da exposição, que traz texto introdutório do poeta e crítico de arte argentino Raul Santana.

No Brasil, Arden Quin já havia participado de duas edições da Bienal de São Paulo (em 1953 e 1987), além de integrar uma mostra no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

Internacionalmente, obras de Arden Quin fazem parte do acervo do Museu de Arte Moderna de Nova York (Moma), da galeria Tate Modern, em Londres, do Centro Georges Pompidou, em Paris, entre outros. Também integra coleções importantes, como a Cisneros e a Daros Latinamerica.

História

A exposição foi pensada de maneira cronológica, para dar ao espectador a possibilidade de conhecer todas as fases da carreira de Arden Quin, que produziu até os anos 2000, já com pouco mais de 90 anos. Todas as obras que vieram para a mostra foram negociadas com a família – ele manteve o acervo em seu ateliê em Paris, onde viveu por alguns anos (morou também em Buenos Aires, para onde se mudou em 1938).

Na mostra, estão reunidas desde os primeiros quadros, da década de 1930, passando por famosos móbiles de madeira criados nos anos 1950, até as últimas obras criadas em vida. "A grande essência da obra de Carmelo e do Madi foi romper com as formas geométricas, ele rompeu com o tradicional", salienta o galerista e curador Waldir Simões de Assis Filho.

Simões, que teve o primeiro contato com a obra do uruguaio em 1992, quando visitou, junto com o artista Cícero Dias (1907-2003), a mostra Modernidades Plurais (que tinha uma sala específica para o o uruguaio) conta que Arden Quin passou a ser mais valorizado pelo mercado e pela crítica nos últimos 20 anos. "Foi quando as grandes instituições internacionais tiveram um olhar diferente sobre a sua obra."

O movimento, construído e consolidado em Buenos Aires, não "morreu" com a mudança de Carmelo Arden Quin para Paris, pelo contrário: cresceu. "Ele agregou muitos artistas, inclusive de outras partes do mundo, criando uma corrente internacional", diz Simões.

A ideia do galerista é realizar parceria com museus em São Paulo e Rio de Janeiro, para que outras cidades também consigam ver a retrospectiva do uruguaio. Em Curitiba, a mostra fica em cartaz até o final de maio.

SIM inaugura mostra de Isidro Blasco

Junto com a abertura de A Invenção Lúdica, na Simões de Assis Galeria de Arte, a SIM Galeria, anexa ao espaço, também abre uma nova exposição hoje, Isidro Blasco, com obras do artista espanhol. A entrada é gratuita.

Radicado em Nova York, Blasco é conhecido por transformar fotografias de cenas urbanas em obras tridimensionais, influenciado principalmente pela sua formação em arquitetura. A dinâmica das obras de Blasco desafia uma categorização: é difícil para o espectador definir se está à frente de uma fotografia, de uma escultura ou de um trabalho arquitetônico.

Entre os 25 trabalhos reunidos na mostra, há obras realizadas durante a estadia de Blasco em Curitiba, com imagens que retratam locais conhecidos da cidade, como o Museu Oscar Niemeyer e o centro. A inauguração terá presença do artista.

Fotos

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