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O épico de artes marciais The Grandmaster, novo longa-metragem de Wong Kar-wai, abre o Festival de Berlim inspirado na vida do mestre de Bruce Lee | Fotos: Divulgação
O épico de artes marciais The Grandmaster, novo longa-metragem de Wong Kar-wai, abre o Festival de Berlim inspirado na vida do mestre de Bruce Lee| Foto: Fotos: Divulgação
  • Flores Raras, de Bruno Barreto, representa o Brasil na mostra Panorama

The Grandmaster, de Wong Kar-wai, dá a partida, na próxima quinta-feira, à 63.ª edição do Festival de Berlim, que segue até o dia 17 na capital alemã exibindo uma eclética programação de mais de 300 títulos. Kar-wai será também o presidente do júri da Mostra Oficial.

O filme (ainda sem título em português), que será exibido fora de competição, é um épico de artes marciais ambientado na tumultuada China dos anos 1930 e inspirado na vida de Yip Man (vivido por Tony Leung), mentor de Bruce Lee (1940-1973).

Ao fazer o anúncio, Dieter Kosslick, diretor do festival, manifestou sua satisfação em ter o filme na abertura do evento. "É uma honra especial para nós abrir a Berlinale 2013 com The Grandmaster. Kar-wai trouxe uma nova e excitante faceta do seu trabalho e criou um filme de grande poder visual e artístico", afirmou.

Oficial

A mostra mais importante do evento terá 24 filmes, 19 dos quais concorrendo ao Urso de Ouro. São 11 títulos da Europa, quatro dos Estados Unidos, dois da Ásia, um do Canadá e um da América do Sul.

Entre os títulos em competição destacam-se Nobody’s Daughter Haewon, de Hong Sang-soo, da Coreia do Sul; Paradise: Hope, do austríaco Ulrich Seidl; Camille Claudel, 1915, do francês Bruno Dumont; Side Effects, de Steven Soderbergh; e Promised Land, de Gus Van Sant, ambos norte-americanos. Gloria, de Sebastián Lelio (Chile/Espanha) é o representante sul-americano da seleção oficial.

Um dos mais esperados, no entanto, é Closed Curtain, de Jafar Panahi e Kambozia Partovi, do Irã. Panahi, ao que consta, continua detido em seu país e proibido de filmar. Independentemente dos méritos do filme, a seleção é certamente mais uma tentativa de apoio da Berlinale ao cineasta iraniano. Em 2011, o festival manteve uma cadeira vazia no júri oficial, para o qual Panahi havia sido convidado, mas foi impedido de deixar seu país.

Antes da Meia-noite, do americano Richard Linklater – terceiro filme do diretor depois de Antes do Amanhecer (1995) e Antes do Pôr-do-sol (2004) – será exibido fora de competição.

Brasileiros

Ausente da mostra oficial, o Brasil marca presença em várias paralelas. Na Panorama, será apresentado Flores Raras, novo filme de Bruno Barreto (Última Parada 174), que retrata o romance entre a brasileira Lota de Macedo Soares (Glória Pires) e a poetisa norte-americana Elizabeth Bishop (Miranda Otto).

Na mesma mostra, a participação brasileira se dá na coprodução de Habi, la Extranjera, da argentina Maria Florencia, que traz no elenco a atriz Maria Luísa Mendonça (Sessão de Terapia).

Na mostra Fórum, o Brasil participa com o documentário Hélio Oiticica, de Cesar Oiticica Filho, sobre o artista plástico brasileiro. Já a mostra Geração conta com com três curtas-metragens brasileiros: Destimação, do goiano Ricardo de Podestá; O Pacote, de Rafael Aidar; e O Caminho de Meu Pai, de Maurício Osaki.

O Brasil integra ainda o programa de coproduções do festival (que contempla 37 projetos), com o filme Campo Grande, novo longa-metragem de Sandra Kogut.

Panorama

A mostra destinada a filmes de cunho social e qualidade artística apresentará um total de 52 filmes, vindos de 33 países. Além do filme de Bruno Barreto e Habi, la Extranjera, completam a representação latina Deshora, coproduzido pela Argentina, Colômbia e Noruega, de Bárbara Sarasola-Day; La Piscina, estreia do diretor cubano Carlos Machado Quintela; e o uruguaio Tanta Água, dirigido por Ana Guevara Pose e Letícia Jorge Romero.

São destaques ainda Don Jon’s Addiction, estreia em longa do jovem ator Joseph Gordon Levitt (Looper: Assassinos do Futuro); Lovelace, de Rob Epstein e Jeffrey Friedman, sobre os bastidores do clássico pornô Garganta Profunda (1972); Upstream Color, de Shane Carruth; e Frances Ha, de Noah Baumbach, que conquistou projeção internacional com o ótimo A Lula e a Baleia (2005).

Homenagens

O Urso Honorário, tributo pelo conjunto da obra, será entregue ao documentarista francês Claude Lanzmann, acompanhado da exibição de Shoah (1985), sua obra-prima sobre o Holocausto.

A retrospectiva será dedicada ao Cinema da República de Weimar, que floresceu entre 1918 e 1933, com filmes de cineastas alemães ou de origem germânica fora do país. A mostra, intitulada Toque de Weimar, apresentará 33 filmes, entre eles Quanto Mais Quente Melhor, do austríaco Billy Wilder (EUA, 1959); Ciladas, de Robert Siodmak (França, 1939); e Casablanca, de Michael Curtiz (EUA, 1942).

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