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Franz Ferdinand: quarto disco do grupo de Glasgow tem lançamento mundial na próxima segunda-feira, dia 26 | Divulgação
Franz Ferdinand: quarto disco do grupo de Glasgow tem lançamento mundial na próxima segunda-feira, dia 26| Foto: Divulgação
  • CD -Right Thoughts, Right Words, Right Action - Franz Ferdinand. Sony Music. Lançamento mundial no dia 26 de agosto.

Ao contrário de Naomi Campbell, Dionne Warwick, Pat Metheny, Nick Cave e outros estrangeiros que viveram no Brasil (e se tornaram figurinhas tão fáceis que o pessoal dizia "lá vem aquele gringo chato de novo"), o grupo escocês Franz Ferdinand é um habitué cada vez mais amado pelas plateias nativas. A banda, que só tem pouco mais de 10 anos de existência, já veio 6 vezes ao país.

Por isso, não foi surpresa para o baixita Bob Hardy quando eles foram tocar num pub de Londres seu novíssimo disco, Right Thoughts, Right Words, Right Action (Sony Music), no mês passado, e o grosso da audiência era de... brasileiros. "Havia fãs brasileiros em todo lugar, e a fila na frente do Victoria Pub já começava desde as 10 horas da manhã", exclamou o músico, em entrevista por telefone para comentar sobre o lançamento mundial do álbum.

O disco novo (sucessor de Tonight: Franz Ferdinand, de 2009) chega às lojas do mundo todo ao mesmo tempo, no dia 26, e é o resultado de um work in progress do grupo de Glasgow. Muitos shows surpresa em lugares pequenos, uma música ou outra sendo testada em festivais – como fizeram em São Paulo no ano passado, no festival Lollapalooza.

"Nós começamos tocando em lugares como aquele pub, shows para 100, 190 pessoas. Acho que, como banda, faz mais sentido aprimorar as canções em contato mais estreito com as pessoas. É também muito divertido para quem está na plateia. Nós todos costumamos ir a pubs para ver bandas de que gostamos", contou Hardy.

Insight

Nas 10 novas faixas, o Franz Ferdinand volta à química de harmonias do seu primeiro disco. Quase nada muda, mas o resultado é sempre um dance rock delicioso, um passo adiante do pós-punk. O disco inteiro nasceu de um insight inusitado: Alex Kapranos, o vocalista, guitarrista, cantor e compositor da banda, achou um cartão postal num mercado de pulgas. Nele estava escrito: "Come home, pratically all is nearly forgiven" ("Venha pra casa, praticamente tudo está quase perdoado").

Esse é o verso inicial de "Right Action", a canção que abre o disco. Uma espécie de "busca cínica do otimismo", como explicou Alex Kapranos. Uma contradição em termos, mas na canção "Goodbye Lovers and Friends" ele ironiza: "Não toque música pop/ Você sabe que eu odeio música pop/ Apenas toque a música que o ateu criou".

Em seguida, "Evil Eye" cuida de espantar qualquer confusão com fé extremada, com rasgos de guitarra e distorção de algo que parece um teremin. "Love Illumination", a canção seguinte, é uma balada guitarreira que fala da necessidade de amar o outro. "Stand on the Horizon" é a "Take Me Out" da vez, mais um roquinho acelerado com um timing perfeito entre ritmo e aceleração.

Em "Fresh Strawberries" (que tem vocais de apoio de uma convidada, a cantora Roxanne Clifford, da banda Veronica Falls), o grupo presta tributo evidente à maior banda britânica de todos os tempos, os Beatles.

O Franz Ferdinand não teme nenhum gênero. "Brief Encounters" é um reggae que poderia ser assinado por Joe Strummer. Já "Treason! Animals" se dissolve num tsunami de teclados.

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