• Carregando...
Público terá acesso a originais e réplicas de instrumentos de tortura | Divulgação
Público terá acesso a originais e réplicas de instrumentos de tortura| Foto: Divulgação

Exposições

Veja o serviço desta e outras mostras no Guia Gazeta do Povo.

Instrumentos de tortura como "A Virgem de Nuremberg", o chamado triturador de cabeças e o banco de estiramento são alguns objetos que ainda despertam grande curiosidade. Na exposição Instrumentos Medievais de Tortura, Período da Inquisição, que abre hoje, apenas para convidados, no Museu Municipal de Arte (MuMa) – Portão Cultural, será possível ver essas peças de perto e saber em que contexto histórico foram utilizadas. A mostra será aberta para o público a partir de amanhã, às 10 horas (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo).

No total, são cerca de 50 peças, originais, restaurações e réplicas de instrumentos de tortura, utilizados entre os séculos 13 e 17. Curitiba é a primeira cidade brasileira a receber a exposição, que acabou de sair de cartaz em Buenos Aires (Argentina), em temporada que durou três meses e que teve apoio da Anistia Internacional. "Teve um grande sucesso de crítica e público", afirma a curadora, Aurora Corina Lopes.

Além disso, a mostra destaca histórias como a de Joana d’Arc (1412-1431), Nicolau Copérnico (1473-1543) e Galileu Galilei (1564-1642), que foram perseguidos e censurados por suas ideias. Depois da temporada em Curitiba, que vai até outubro, a mostra segue para o Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.

Os objetos são oriundos da Itália, e pertencem a um grupo de colecionadores europeus que já fizeram a exposição – que é reconhecida pelo Ministério Cultural do Patrimônio Italiano – rodar o mundo: mais de 2 milhões de pessoas visitaram a mostra, que tem uma montagem permanente em Praga, na República Tcheca. No Brasil, a temporada é feita com recursos da entidade dos colecionadores, sem apoio de leis de incentivo.

Todos os instrumentos expostos são acompanhados de um texto bilíngue (em português e espanhol), que contextualiza o período em que aqueles objetos foram utilizados. "Não é uma cruzada de tipo religioso", explica Aurora, se referindo à Igreja Católica e ao período da Inquisição. "Nosso objetivo é a transmissão cultural e da memória histórica." O que se deseja colocar em reflexão, segundo ela, é a injustiça social. "Pessoas que se rebelaram naquela época foram torturadas. Era uma imposição de classes. Hoje, essa ordem é colocada pelo dinheiro: o mais rico é o que tem privilégios."

Da Vinci

De acordo com Aurora, ela negocia com o Museu Paranaense para trazer uma exposição sobre as invenções de Leonardo Da Vinci para o ano que vem, mas a negociação, segundo a curadora, ainda são "prematuras."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]