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(Black Book/ Zwartboek, Holanda/ Bélgica/ Reino Unido/ Alemanha, Europa Filmes) – O cineasta holandês Paul Verhoeven fez sucesso em Hollywood com Vingador do Futuro e Instinto Selvagem, mas naufragou com Showgirls. Resolveu voltar para casa. O retorno lhe fez bem. Seu filme mais recente, A Espiã, é um ótimo drama de guerra, muito bem realizado e cheio de suspense. Conta a história verídica da cantora judia Rachel Stein (a revelação Carice van Houten, foto) que se infiltrou entre os nazistas para ajudar uma organização de resistência holandesa à invasão alemã. Sob o nome falso de Ellis de Vries, ela consegue se aproximar do oficial alemão Müntze (Sebastian Koch, de A Vida dos Outros), que lhe arruma um emprego e se torna seu amante. O desfecho é surpreendente.

Paulo Camargo

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Livro

A Zona do Desconforto

(The Discomfort Zone: a Personal History. Jonathan Franzen. Companhia das Letras, 232 págs., R$ 45. Memórias.) – Em seis capítulos, o autor de As Correções (2000) repassa episódios da infância, adolescência e vida adulta, falando sobre sua obsessão por pássaros e pelas tiras de Charles M. Schulz, criador do Charlie Brown e do Snoopy. O livro alterna bons momentos (como quando analisa a obra do cartunista) com outros maçantes (parecem intermináveis os parágrafos sobre espécies de aves e sobre o que fazia para vê-las). Fato: a voz do Franzen romancista é mais envolvente que a do ensaísta. Ainda assim, trata-se de um dos escritores mais importantes dos EUA. Pode fazer rir o modo como ele analisa o mundo de seu apartamento em Manhattan.

Irinêo Netto

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Música

Revolução! RPM 25 Anos

(RPM, Sony BMG, R$ 90) – Hoje você pode não gostar do Paulo Ricardo. Pode achar que ele nem é tão bonito, que sua voz é muito fraca e que seu "olhar 43" não passa de miopia. Pode achar que o tema de abertura do Big Brother Brasil é sofrível. Mas, se já se tinha idade suficiente para digerir música pop nos anos 1980, tem grandes chances de ter sido fã de RPM.

A caixa Revolução! – RPM 25 Anos é uma boa pedida. Reúne os três primeiros CDs do RPM devidamente remasterizados, mais um disco de remixes e raridades. Mas essa parte não é a melhor do pacote. O que vale mesmo a pena é o DVD com o show da turnê Rádio Pirata Ao Vivo. Vale pelos figurinos engraçadíssimos, pela tosquice das filmagens e pelo show, dirigido por Ney Matogrosso e impressionante para os padrões da época.

Juliana Girardi

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