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O estúdio Fox provavelmente tinha em mente O Senhor dos Anéis quando decidiu investir U$ 100 milhões na realização do longa-metragem Eragon. O filme estréia na segunda-feira no Brasil na esperança de aproveitar o ócio do dia de Natal e levar famílias inteiras aos cinemas. Trata-se, portanto, de um filme para agradar a todos os públicos, o que significa, em outras palavras, que não há aposta nem risco, mas apenas repetição segura de (muitos) arquétipos já vistos em algumas superproduções recentes.

O resultado parece não ter agradado muito ao público norte-americano, onde a fita vem obtendo resultados apenas razoáveis de bilheteria. É o preço de se pegar um bonde que já está passando e fazer o que jornalistas americanos têm descrito como "fusão de O Senhor dos Anéis e Guerra nas Estrelas". De fato, a caracterização dos espaços e de parte do imaginário que ambienta a história parece ter saído da obra de Tolkien, enquanto que a construção da trama remete à saga de Guerra nas Estrelas. Fica em aberto até que ponto essa característica é fruto da intervenção dos realizadores ou uma propriedade da história original escrita no popular livro homônimo de Cristopher Paolini.

O enredo fala de Eragon, um menino nascido na terra da Alagaesia. Ao completar 17 anos, o personagem vivido pelo desconhecido ator Edward Speleers descobre ser um dos lendários Cavaleiros de Dragões (Luke Skywalker?). Os cavaleiros em questão são uma das últimas esperanças da liberdade contra o regime opressor do rei Galbatorix (John Malkovich) e seu exército liderado pelo bruxo Durza (Robert Carlyle).

Do seu lado, Eragon contará com a ajuda de Brom, um cavaleiro mestre que ensina suas destrezas ao novato, a guerreira Arya (Sienna Guillory) e o dragão Saphira, criado integralmente por computação gráfica e dublado com a voz da atriz britância Rachel Weisz (em cartaz nos cinemas em A Fonte da Vida).

A relação entre Eragon e seu dragão é um dos poucos diferenciais do filme em relação aos precedentes. O menino e o animal funcionam em uma simbiose espiritual, gerando um subtexto um tanto confuso de aprendizado e responsabilidade mútuos. GGG

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