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Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar | Roberto Custódio/JL
Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar| Foto: Roberto Custódio/JL

Quem curte filmes bizarros e com um pé no trash, não pode perder O Hospedeiro, recordista de bilheteria do cinema coreano. Mistura de horror, ficção científica, drama e comédia, o longa-metragem do promissor Bong Joon-ho tem uma qualidade inegável: ritmo e originalidade, qualidades raras nos títulos de ação produzidos no Ocidente hoje em dia.

Sem ter passado pelos cinemas de Curitiba, apesar de lançado no circuito brasileiro, O Hospedeiro chega ao mercado de DVD oferecendo um roteiro bem amarrado, efeitos especiais até competentes e uma história que intriga o espectador – justamente porque a trama faz questão de não assumir um gênero cinematográfico específico.

Bong Joon-ho, de 37 anos, apresenta suas influências já no início da trama. Fã convicto de Steven Spielberg, ele mistura o suspense de Tubarão a uma espécie de estudo sociólogico, por meio da apresentação de uma galeria de personagens marginais, sempre no limite da normalidade, que faz lembrar aqueles presentes em outros clássicos dirigidos ou produzidos pelo diretor norte-americano, como ET – O Extraterrestre e Poltergeist.

Fruto de uma mutação causada por dejetos químicos jogados no Rio Han, em Seul, capital coreana, uma espécie de bagre gigante ataca a população e leva para os esgotos a filha pré-adolescente de Gang-Doo, um apalermado sujeito de 40 anos que ajuda seu pai Hee-bong em uma barraca de lanches à beira do rio.

O incidente acaba afetando toda a família – sua irmã Nam-joo, arqueira olímpica, e Nam-il, um advogado desempregado político que vive bêbado. No melhor estilo spielberguiano, contudo, a esperança de que Hyun-seo ainda esteja viva une os quatro em busca da garota. E eles vão à luta.

Para encontrar a menina, eles têm de driblar as agências governamentais, que, controladas pelos Estados Unidos (responsáveis pela mutação do peixe), impedem a circulação das pessoas por Seul, alegando a possibilidade de um vírus à solta. Nesse momento, Bong Joon-ho consegue mostrar a paranóia crescente em uma região dividida como a Coréia, sem ser panfletário ou repetitivo.

Mesmo não sendo um gênero familiar aos coreanos, o horror de O Hospedeiro conquistou o país e se tornou o filme mais visto de todos os tempos na Coréia do Sul, com mais de 13 milhões de espectadores. GGG1/2

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