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O que você faria amanhã se hoje decidisse viver mais? Mergulhar de cabeça na existência e aceitar desejos, sem parar só naquilo que é fácil?Aprender a tocar um instrumento, talvez...

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A companhia Armazém faz teatro. Há 25 anos, o grupo nascido em Londrina e radicado no Rio de Janeiro desde 1998 investiga novas formas de expressão, em textos metafóricos que possam dotar o entretenimento de... vida.

Neste "A Marca da Água", que o coletivo apresentou nesta quinta-feira à noite no Teatro da Reitoria, e repete nesta Sexta-feira Santa, com ingressos à venda, a presença do tema da memória cria uma ligação com os espetáculos anteriores, "Inveja dos Anjos" e "Antes da Coisa Toda Começar".

Na trama, a protagonista Laura sente sintomas de um problema neurológico da infância, e decide entregar-se a eles, sem procurar a cura. O marido é contra, não entende, mas aos poucos aceita que o livre arbítrio se aplique também aos aparentemente mais fracos. Mas, como o diretor Paulo de Moraes frisou em entrevista a jornalistas na quarta-feira, a história não é o mais importante.

O elenco deixa no palco a marca de um coletivo, percebido por um entrosamento que faz com que atores fora de cena, mas visíveis, observem o trabalho dos colegas com um olhar encantado.

O cenário, com projeções e instrumentos musicais à vista, contorna uma piscina rasa, onde boa parte das cenas acontecem. É ali que Laura se lembra das dores do passado, das separações forçadas ou escolhidas e mergulha em si mesma.

No clímax, os cinco atores tocam acordeão, acompanhados pelo músico Rico Viana, que executa a trilha sonora ao vivo. É um daqueles momentos em que a cena diz mais do que muitas palavras.

No final desta apresentação de estreia em Curitiba, a plateia – nem lotada nem esvaziada – deu gritos de "bravo!" e aplausos calorosos em pé.

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