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Flávio Stein fará a leitura do conto “O Terremoto no Chile”, do alemão Heinrich von Kleist | Valdir Silva/Divulgação
Flávio Stein fará a leitura do conto “O Terremoto no Chile”, do alemão Heinrich von Kleist| Foto: Valdir Silva/Divulgação

A literatura contemporânea espanhola encontra a literatura alemã do século 18 na próxima edição do projeto EntreMundos – Mundo da Leitura, Leitura do Mundo, que acontece nesta quarta-feira, a partir das 20 horas, no Teatro da Caixa. Dirigido e idealizado pelo diretor musical Flávio Stein, o evento propõe leituras dramáticas do conto "Morte por Saudades", do barcelonês Enrique Vila-Matas, e "O Terremoto no Chile", do alemão Heinrich von Kleist (1777-1811).

Com leituras do ator Daniel Colombo e do próprio Stein, o projeto será mediado pelo escritor curitibano Luís Henrique Pellanda, que já participou de edições anteriores como autor lido. Para ele, o diferencial do projeto é a entrega da obra na mão de atores e do público, que nem sempre conhecem o autor em questão. "O EntreMundos propõe uma leitura muito solta do texto. Eu já tive meus contos lidos aqui e sei como é verdade que a obra nunca é sua, ela se entrega a outras interpretações e gera discussões que você mesmo não pensaria", diz o escritor.

Flávio Stein explica que a escolha dos escritores passa não só por sua experiência como leitor, mas também por uma questão em comum: a presença da morte em seus textos. "O Kleist, que nunca esteve no Chile, escreveu essa história sobre um casal à espera de um filho de quem são separados por classes diferentes. Eles são então condenados à morte, mas um terremoto impede que a sentença seja cumprida. Então, enquanto ele narra da perspectiva de uma família, o Vila-Matas usa um indivíduo como referencial", diz Stein, referindo-se ao personagem de "Morte por Saudades", que conta a história de um homem que tem uma maldição de suicídios em sua família.

A leitura, seguida por um bate-papo entre a plateia e os organizadores, é sempre acompanhada por um instrumento musical solo. Dessa vez, é o vibrafone do músico Paulo Demarchi que marca e acentua as palavras escritas por Vila-Matas e Kleist. "Sempre procuro utilizar instrumentos que não são muito conhecidos do público. O vibrafone é percussivo, mas também melódico e pode ser harmônico, como um piano. Isso possibilita a abertura de um horizonte sonoro muito rico para o projeto", conclui Stein.

Serviço:

EntreMundos – Mundo da Leitura, Leitura do Mundo – 7ª Edição.

Teatro da Caixa (R. Cons. Laurindo, 280), (41) 2118-5111. Hoje, às 20 horas. O ingresso é um livro não didático.

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