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Victor, Rodrigo, Renne e Fernando lotam shows pelo país | Divulgação
Victor, Rodrigo, Renne e Fernando lotam shows pelo país| Foto: Divulgação

Confira a programação completa do festival

Fresno: Curitiba como boa lembrança

Assim como outros grupos do gênero emocore, a Fresno foi uma das bandas que se aproveitaram da internet – no momento e da forma certa – para sair do anonimato. E os gaúchos também estão escalados para se apresentarem no Lupaluna no dia 20 de novembro, no LunaStage.

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Eles são o verdadeiro retrato do rock atual: se vestem como punks, porém gostam de falar de amor em suas canções; curtem fazer sucesso, mas de modo algum se encaixam no estereótipo do artista afetado; provocam histeria entre os adolescentes, ainda assim, procuram manter contato direto com os fãs.

É por essas e outras, que a banda paranaense Hevo84 – tal como a paulista NX Zero, a mineira Strike ou a gaúcha Fresno, entre outros grupos vindos da cena independente que formaram público graças à internet – celebram o bom momento do emocore nacional, lotando shows e sendo escalados para os principais festivais do país. Não é à toa que a Hevo será uma das atrações do palco central do Lupaluna, no dia 20 de novembro.

Surgida em Paranaguá, no litoral do estado, em 2005, a banda é formada por Renne Fernandes (voz, teclados e programações), 24 anos, Fernando Cunha (guitarras), 24, Rodrigo Suspiro (baixo), 27, e Victor Hugo (bateria), 18. Em 2007, a banda migrou para Curitiba e começou a chamar atenção por suas performances no palco. Ano passado, migraram para São Paulo, em busca de uma agenda mais frequente de shows e de maior contato com a mídia nacional.

O quarteto, no entanto, tem outros motivos para comemorar. Nos próximos dias chega às lojas o primeiro CD do grupo por uma grande gravadora: o homônimo Hevo84, distribuído pela EMI Mu­­sic. Antes, o conjunto havia lançado dois álbuns independentes.

"Vai ser legal voltar a Curitiba e tocar junto com um monte de bandas. Nem todo mundo vai estar ali pra ou­­vir a gente, mas ao me­­nos pode co­­nhe­­cer o som da ban­­da", analisa o vo­­­­calista Renne Fer­­nan­­des, que não esconde a empolgação de se apresentar, pela primeira vez, em um grande festival no Paraná.

Adaptação

O baterista curitibano Victor Hugo, último a entrar na banda – ele substituiu, na metade do ano, o guarapuavano Leland Nunes – conta como está sendo a fase de adaptação em São Paulo e a nova rotina ao lado dos demais integrantes. "No começo foi bem estranho, mas com o passar do tempo, está sendo incrível. É algo que sempre sonhei na vida. E morar com eles aqui é tranqüilo. A gente conversa e sempre chega num acordo", relata.

Renne, por sua vez, explica que a fase é especial, mas de intenso trabalho. "A gente não tem muito tempo para sair. De uns dias para cá, os compromissos tem sido diários", revela. Essa é a receita da banda, aliás, para sobreviver à concorrência acirrada da cena musical. "A gente responde a isso com trabalho, focando no que está rolando na ‘gringa’. Enfim, procurando estar sempre um passo à frente", explica o vocalista.

A receita tem rendido à Hevo boa repercussão entre os jovens. Nos shows, os gritos eufóricos da plateia teenager dão o clima exato do auê em torno da banda, inclusive em Curitiba. "Sempre rola um frisson diferente aí. A gente não consegue mais ir ao shopping, por exemplo. Nos shows, a galera quebra tudo", diverte-se Renne, que lembra das dificuldades no início da carreira, como o pouco espaço disponibilizado – na época – pelas rádios locais para os artistas iniciantes.

FamíliaViver distante dos entes queridos, no entanto, parece ser a única grande dificuldade enfrentada pelos quatro músicos paranaenses. "Essa é a parte ruim: ficar longe da família. Às vezes, a gente até chora pelo telefone", entrega Victor Hugo. Já Renne e Fernando, que tem família em Paranaguá, conseguem controlar melhor os sentimentos. "Saudade eu não sinto, porque volta e meia a gente cola lá para vê-los e passear", justifica.

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