A taça do mundo é nossa

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Dois meses antes da Copa do Mundo no Brasil, no ano que vem, cinco brasileiros são sorteados por uma promoção de uma grande rede de televisão.

O prêmio são ingressos, passagens e estadias para acompanhar in loco a campanha da seleção rumo ao hexacampeonato.

Como contrapartida, os "cinco" passam a ser vigiados e monitorados por câmaras em uma espécie de reality show do comportamento da galera.

Esse é fio condutor do enredo do livro Em Busca do Hexa que o escritor e jornalista Robson Martins lança hoje à noite na Livraria Poetria.

O autor, repórter do caderno de Esportes da Gazeta do Povo desde 2008, explica que resolveu escrever ficção sobre a Copa do Mundo para mostrar outro lado do universo do futebol. "No trabalho, nós lidamos muito com a realidade do futebol. Minha ideia foi escrever uma história em linguagem simples, tendo a Copa como cenário para chamar a atenção das pessoas que gostam muito de futebol, mas ainda não descobriram que a leitura pode ser divertida", conta.

Martins admite que o livro tem uma vida relativamente curta, um "prazo de validade" que dura até o início real da competição em 2014. "Sei que não é muito usual fazer uma ficção sobre um evento com data marcada, mas foi uma das coisas que me instigaram a escrever o livro", revela.

Musa

Cada um dos torcedores premiados vem de uma capital do país: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Curitiba. Uma das torcedoras, a bela jovem carioca, vira uma celebridade nacional: a "musa da Copa". Além do sotaque e temperamento peculiares, cada um traz uma visão diferente sobre o futebol e o papel do torcedor.

"Quis mostrar diferentes visões sobre o futebol que são comuns aos torcedores em geral, que eu identifico desde os tempos em que eu sentava na arquibancada", explica.

Durante a narrativa, os torcedores vão viajando pelas cidades-sede, enquanto o escrete brasileiro sofre muita pressão, mas consegue vencer e avançar até a final. As partidas dramáticas são narradas no livro, sempre do ponto de vista dos torcedores contemplados. Como sempre acontece nos confinamentos televisivos, intrigas, brigas e romances inusitados acontecem entre os cinco.

A ação é toda ambientada no "novo futebol brasileiro", da superexposição dos jogadores pop stars, cujo marco é a Copa do Mundo. Do velho futebol, resiste, talvez, a figura do "juiz ladrão".

A história tem dois segredos que ficam para as últimas páginas: quem vai conseguir "pegar a musa" e quem vai levantar a taça. "Para saber isso, só lendo o livro até o final", avisa Martins.