Não houve momento mais trágico na história japonesa do que às 8h15 do dia 6 de agosto de 1945. Nos 20 segundos que o cogumelo nuclear demorou para se formar, 45 mil pessoas morreram. Eram as primeiras das centenas de milhares que pereceriam em Hiroshima e Nagasaki (cidade atingida três dias depois) em conseqüência do bombardeio atômico lançado pelos EUA.
A Segunda Guerra Mundial, iniciada em 1939, havia colocado de lados opostos os Aliados,(liderados pelos EUA), e as forças do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Foi o presidente americano, Harry Truman, quem assumiu a decisão de inaugurar a arma nuclear, sob o pretexto de encerrar de vez o conflito, com menos mortes.
A guerra, de fato, acabou logo em seguida, com a rendição japonesa. Os efeitos da bomba atômica, entretanto, foram muito piores do que o esperado. Quando a primeira bomba explodiu, a 580 metros do chão, pessoas e construções foram imediatamente pulverizadas. E o pesadelo não terminaria com o fim da explosão. A radioatividade provocou lesões genéticas transmitidas aos descendentes dos afetados, fazendo com que ainda hoje nasçam crianças com problemas genéticos causados pelo bombardeio.
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