
Juízo, longa-metragem da diretora brasiliense Maria Augusta Ramos em cartaz no Cine Luz, mistura elementos do documentário e da ficção. O filme de 90 minutos é a segunda parte de uma trilogia iniciada com Justiça, em 2004, um retrato do sistema judiciário brasileiro, vencedor de vários prêmios na Europa, em Taiwan e no Chile.
O filme acompanha a trajetória de jovens infratores pobres, menores de 18 anos, entre o instante da prisão e o do julgamento. A ficção surge como um artifício criativo para vencer uma restrição da legislação brasileira, que proíbe a exposição de menores. O que acontece durante as audiências da 2ª Vara Regional da Infância, da Juventude e do Idoso do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro é verdadeiro, bem como o cenário, as histórias relatadas e os adultos presentes (juiz, promotoria, defesa e familiares). Mas, jovens que vivem nas mesmas condições sociais que os infratores fazem as vezes de atores, sem agir de forma falsa ou teatralizada. A troca é explicitada nos créditos iniciais.



