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O grupo carioca Fino Coletivo ganhou naipe de metais | Divulgação
O grupo carioca Fino Coletivo ganhou naipe de metais| Foto: Divulgação

Em tempos esquizofrênicos para a produção e a divulgação de novas bandas, não é só nos palcos que a criatividade é essencial. É cada vez mais comum, Brasil afora, o intercâmbio de grupos que tenham o mínimo de afinidade musical. Um convida o outro para tocar em sua terra natal, e mais tarde vem o "troco", com a inversão dos anfitriões. Tudo em forma de show.

É isso que acontece a partir das 22 horas de amanhã (10), no Music Hall, quando os curitibanos do Supercolor convidam a banda carioca Fino Coletivo, que apresenta Copacabana (2010), seu segundo disco de estúdio. Os também curitibanos do Locomotiva Duben abrem os trabalhos, bem brasileiros por sinal.

"Os artistas se movimentaram junto com o público para que nós voltássemos a Curitiba. Essa parceria é muito bacana e uma banda não pode se restringir a ensaios e shows. Tem de ter ideias para se inserir", diz Alvinho Lancellotti, de 33 anos, vocalista do octeto carioca.

Formado em 2006, o Fino Coletivo volta turbinado a Curitiba. A primeira apresentação – no Era Só o Que Faltava, em 2008 – traz ótimas lembranças aos músicos cariocas e alagoanos, que agora têm um naipe de metais a seu dispor e a participação de Donatinho, tecladista filho do excepcional pianista João Donato. "Vamos mesclar as músicas dos dois discos", diz Alvinho, referindo-se também ao disco homônimo, de 2007, vencedor do importante prêmio de Melhor Grupo na votação da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA).

Com Copacabana, o Finco Coletivo parte do samba-canção tradicional para incorporar outras vertentes da música brasileira. Destaque para a bem-humorada "Ai de Mim", que revela as sutilezas do teclado de Donatinho; e "Minha Menina Bonita", um samba-rock lento que desperta a atenção para os bons vocais do grupo.

O sexteto Supercolor – Igor Cordeiro (voz e guitarra), Vitor Macaco (baixo), Julio Rossi (bateria), Rick Pacheco (guitarra), Will Robson (trombone) e Cleber Bittencourt (trompete) – irá apresentar as músicas de Não Vou Deixar Cair, EP lançado em 2010 e produzido por Xandão Menezes, guitarrista da banda O Rappa. Ele também é presença confirmada na "festa". "Vai ser um prazer tocar com ele. E faremos versões de músicas outros artistas, como Fagner e Toquinho. Mas tudo dentro da nossa liguagem", diz o vocalista Igor Cordeiro.

A linguagem à qual se refere o músico tem algo de urbano, de atual. Cada integrante do grupo vem de um universo musical diferente, o que proporciona uma troca interessante em que se destaca a música brasileira reinventada – ouça o suingue afiado de "Fevereiro". Tanto o soul de Tim Maia quanto o ska de Fishbone podem ser desvendados no EP, sem intriga alguma entre os gêneros.As duas bandas voltam a se encontrar no próximo dia 19, em show no Rio de Janeiro, quando a convidada será a Supercolor. "Temos comprometimento com outras bandas, inclusive as daqui. Juntos somos mais fortes do que sozinhos", sentencia Cordeiro.

Serviço:

Fino Coletivo, Supercolor e Locomotiva Duben. Music Hall (R. Eng. Rebouças, 1.645), (41) 3026-5050. Dia 10, às 22 horas. R$ 15 (1º lote), R$ 20 (2º lote) e R$ 25 (na hora).

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