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Programação

Confira a programação do Teatro Cleon Jacques até novembro de 2007:

- "Memórias do Subterrâneo". Texto de Fiodor Dostoioevski. Direção de Emerson Rechenberg. Com Ade Zanardini. Estréia quinta-feira (9), sessões de quinta a domingo, às 20 horas. Até 19 de agosto.

- "Bicho Corre Hoje". Texto de direção de Sueli Araujo. Com a CiaSenhas. Estréia dia 23. De quinta a domingo, às 20 horas. Até 2 de setembro.

- "Parasitas". Texto de Marius Von Mayenburg. Direção de Henrique Saidel. Com a Companhia Silenciosa. Estréia dia 6 de setembro. De quinta a domingo, às 20 horas. Até 16 de setembro.

- "Nós". Direção de Júlio Motta. Com a Cia. Yesbody Teatro Físico. Estréia dia 3 de outubro. De quarta a domingo, às 20 horas. Até 28 de outubro.

- "Caninos Brancos". Texto de Jack London. Direção de Marcelo Munhoz. Projeto Minha Vila Filmo Eu. Estréia dia 9 de novembro. De sexta a domingo, às 20 horas. Até 25 de novembro.

Por fora, há algum tempo já se via o Teatro Cleon Jacques bem limpo e pintado. Mas, quem foi ao Parque São Lourenço, no último fim de semana, pôde conferir as mudanças realizadas dentro do espaço que, desde 1998 – ano em que foi reativado e batizado com o nome do ator e diretor teatral morto em 1997 – é palco de inúmeros espetáculos que marcaram a história do teatro no Paraná.

Já era hora de voltar a ser digno do nome recebido. Subutilizado há alguns anos por problemas estruturais, o teatro passou por uma reforma completa e, após 11 meses, reabre suas portas amanhã à noite, com a apresentação do espetáculo Memórias do Subterrâneo, de Emerson Rechenberg.

A peça, uma transcrição para a linguagem cênica do conto de Fiodor Dostoievski, foi criada por Rechenberg em 2005 para ser encenada em um porão, na Casa de Artes Helena Kolody. O público de, no máximo 20 pessoas, "espiava" de cima o monólogo do personagem, deliberadamente isolado da sociedade, através das frestas do piso de madeira.

Quando Rechenberg inscreveu a montagem no Edital de Teatro e Circo de 2006, da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), já estava ciente de que seria inviável reproduzir o porão no teatro do Parque São Lourenço. "Já havíamos criado uma versão para o palco para as viagens da peça pelo país. Fica um pouquinho mais convencional, a relação com o público é outra, mas conseguimos obter um meio termo: nem porão, nem palco italiano", explica.

A solução – sentar o público ao redor do espetáculo, como em um teatro de arena – só foi possível porque a reforma manteve um sistema de arquibancadas móveis, dispostas conforme as necessidades de cada espetáculo e com capacidade para até cem pessoas. "O espaço móvel preenche uma lacuna em Curitiba. A estrutura do teatro não mudou muito, mas, agora, há mais condições de trabalho para os artistas e conforto para o público", considera o diretor.

O investimento de R$ 140 mil possibilitou a construção de instalações imprescindíveis em um teatro, mas até então inexistentes no local: banheiros adaptados para pessoas portadoras de necessidades especiais, bilheteria, sala de administração e dois camarins coletivos com sanitários independentes. Os artistas também não precisarão providenciar equipamentos de som e iluminação, agora instalados permanentemente no espaço. "Isso diminui o custo das montagens", explica Clóvis Severo, coordenador de teatro e circo da FCC.

As obras no teatro fazem parte do projeto de revitalização do Centro de Criatividade de Curitiba (CCC), que já recebeu pintura externa; reforma dos banheiros da cantina e da parte elétrica e hidráulica; recuperação do piso e do teto; e, grades ao redor de todo o parque. A medida é "para assegurar a integridade dos equipamentos e dos alunos, principalmente no período noturno", afirma Beto Lanza, diretor de ação cultural da FCC.

Também estão previstas melhorias nos fornos dos ateliês, no design de luz da Casa Erbo Stenzel e a implantação da segunda Casa de Leitura (já existe uma no Parque Barigüi). O investimento totaliza R$ 400 mil.

Na inauguração, também haverá uma exposição de fotografias que contam a história do teatro e o lançamento do Anuário do Teatro Curitibano de 2006.

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