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Durante alguns invernos, pensei que o Blindagem, principalmente o vocalista Ivo Rodrigues, era onipresente.

Eu passaeava na Festa do Pêssego e do Ovo, em Araucária, e lá estava aquela banda que tinha um repertório diferente de tudo o que eu conhecia. Era rock? Era, é e será. Mas aquele vocalista era visceral, ele cantava umas letras que tinham imagens lindas, de gaivotas, boné de marinheiro e de só poder pegar um sol em Copacabana se vendesse os filhos para uma família americana.

No Largo da Ordem, eles tiveram até um bar, o Penny Lane. Mas, lembro agora, em todo lugar onde eu ia, lá estavam eles. No atual Curitiba Master Hall, em um encontro de harleyros? Sim.

O tempo passou e, acaso ou não, lá estava eu a viajar com o Blindagem. Era 1998 ou 1999?

O plano seria fazer um documentário, até hoje não editado.

Abre e fecho os olhos e parece ontem, mas dez anos se passaram. Um show do Blidagem no calçadão de Londrina? O melhor foi o antes e o depois.

Cada apresentação, para Ivo, parecia ser uma viagem a Passárgada. Qualquer canção, quando ele cantava, era um mergulho em uma máquina do tempo. Tempo esse em que tudo parecia ser possível, mais leve, alegre.

Tempos depois, a madrugada seguia no Empório São Francisco, e no sistema de som, soava "Sou Legal, Eu Sei": "Sou legal, eu sei/ Agora só falta convencer a lei/ Sou real, eu sei/Agora só falta convencer o rei." Era a voz do Ivo.

Mesmo definitivamente fora de cena, não importa, para mim, o Ivo a sua voz sempre estarão por aí, por aqui.

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