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A Alemanha deve começar a divulgar nesta terça-feira pela Internet o conteúdo do acervo descoberto no ano passado em um apartamento de Munique, com obras supostamente obtidas por nazistas mediante roubo ou extorsão. Em nota, o governo da Alemanha e do Estado da Baviera disseram que 25 obras serão exibidas inicialmente em um site já existente, criado para ajudar a averiguar a procedência de obras confiscadas por nazistas, principalmente de colecionadores judeus. O governo está sendo fortemente criticado por ter se mantido em silêncio durante 21 meses sobre o tesouro de 1.406 obras de arte, principalmente de famílias cujos parentes foram roubados pelos nazistas. Estima-se que o acervo valha até 1 bilhão de euros (1,34 bilhão de dólares), e seu status jurídico está sendo questionado. Autoridades alfandegárias toparam com esse material durante uma inspeção de rotina no elegante bairro de Schwabing, em Munique, em fevereiro de 2012. "As origens do chamado ‘tesouro artístico de Schwabing' serão localizadas da forma mais rápida e transparente possível", disseram os governos federal e estadual na noite de segunda-feira. "Para estabelecer a transparência e acelerar ainda mais a pesquisa sobre a procedência, as primeiras 25 obras suspeitas de terem sido tomadas sob a perseguição nazista serão exibidas na plataforma www.lostart.de, a qual será continuamente atualizada." As pinturas, desenhos e esculturas foram acumulados pelo falecido marchand Hildebrand Gurlitt, encarregado pelo regime nazista alemão (1933-45) de vender arte "confiscada" que tivesse sido apreendida. As obras estavam no apartamento do seu recluso filho Cornelius, de 79 anos. O órgão governamental que lida com obras de arte extraviadas disse no site que cerca de 970 obras do acervo foram supostamente confiscadas, roubadas ou saqueadas pelos nazistas.

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