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O Caderno G aponta alguns dos melhores momentos do teatro musical no Brasil:

- Revista – O gênero surgiu no Brasil por volta de 1859, com a fundação do Alcazar Lírico por artistas franceses, no Teatro Ginásio do Rio de Janeiro. Era a origem do teatro de revista, que transformou as peças teatrais em operetas de ações curtas, com caráter satírico de inspiração francesa.

Entre os grandes compositores da revista, estão Chiquinha Gonzaga, Luiz Carlos Peixoto de Castro e Arthur Azevedo. Este último, em uma de suas revistas, intitulada Fantasia (1896), define a modalidade, que com ironia e falas de duplo sentido difundia modos e costumes e fazia um retrato sociológico da época: "Pimenta sim, muita pimenta/E quatro, ou cinco, ou seis lundus/Chalaças velhas, bolorentas/Pernas à mostra e seios nus..."

No final da década de 30, a revista começa a apelar fortemente para o escracho e o nu explícito, em detrimento da comicidade, e praticamente desaparece na década de 60.

- Resistência – Nas décadas de 60 e 70, alguns musicais surgiram como frente de resistência ao regime militar. Chico Buarque criou Roda Viva, (1968); Calabar (1973), censurada pouco antes de estrear; Gota D’Água (1976); e A Ópera do Malandro (1978).

- Cláudia Raia – Na década de 80, a atriz estreou musicais como Splish Splah e a trilogia feita especialmente para ela: Não Fuja da Raia, Caia na Raia e Nas Raias da Loucura. No ano passado, estrelou a versão nacional do musical Sweet Charity, de Bob Fosse, com direção de Charles Möeller e Claudio Botelho.

- Biográficos – Também proliferam, a partir da década de 80, espetáculos inspirados na vida e na obra de músicos brasileiros, como Lamartine para Inglês Ver, de Antonio de Bonis (1989); Pixinguinha, de Fátima Valença (1995); Ô Abre Alas, de Maria Adelaide Amaral, sobre Chiquinha Gonzaga (1998); Orlando Silva, o Cantor das Multidões, de De Bonis e Valença (2005); e, Cauby, Cauby, de Flávio Marinho. - Franquias – Les Miserables chegou primeiro, em 2001, dando início à febre de versões nacionais da Broadway, como A Bela e A Fera, Chicago e O Fantasma da Ópera.

- Cariocas – Em contrapartida, surgem musicais com ambientação e dramaturgia brasileiras com o mesmo apuro técnico de seus pares importados. São exemplos Império, de Miguel Falabella; Sassaricando, de Sérgio Cabral e Rosa Maria Araújo; e, A Ópera do Malandro em Concerto, de Cláudio Botelho.

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