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Música

"Amar é solução", canta Djavan

Show baseado no álbum Rua dos Amores é repleto de novas canções, mas não decepciona o público ao incluir alguns grandes sucessos

 | Marcelo Andrade/Agência de Notícias Gazeta do Povo
(Foto: Marcelo Andrade/Agência de Notícias Gazeta do Povo)
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A voz de Djavan invadiu o teatro Positivo antes mesmo de o cantor entrar no palco. A única apresentação, realizada na noite de sábado, começou com ele e a banda ainda nos bastidores. Ecoaram os acordes de "Pecado", sexta faixa do recente álbum "Rua dos Amores" – obra que dá o tom para todo o show.

Na primeira música, o público estava prestes a se render. A entrega aconteceu já na segunda canção, com a conhecida "Acelerou". Djavan desejou a todos uma noite "graciosa, sensual e bem musical".

Foto: veja a galeria de imagens do show

Vídeo: assista a trechos da apresentação

Acostumado com o clima nordestino, um dos alagoanos mais famosos do Brasil comentou sobre o frio de Curitiba (fazia 14 graus Celsius lá fora, mas a temperatura estava bem mais alta dentro do teatro repleto de calor humano). Contudo, na terceira música o desconforto térmico passou de vez e ele tirou o blazer branco que usava no início da apresentação.

Djavan retorna a Curitiba depois de dois anos. A última passagem foi numa fase em que se dedicou mais ao posto de intérprete. O cantor ficou cinco anos sem gravar inéditas, até que lançou o CD "Rua dos Amores", em setembro do ano passado.

A maior parte das letras fala da dor e da delícia das relações amorosas. O resumo está em "Triste é o cara", destacando que "amar é solução" e que a vida não vale a pena sem se morrer de amor (qualquer semelhança com "jurado pra morrer de amor", em "Meu bem querer", não é mera coincidência). Djavan estava cada vez mais autoral. Ele compôs, produziu e fez os arranjos de todas as 13 faixas dos CD "Rua dos Amores". Também dirigiu o show.

O cenário é minimalista, com folhas de papel sulfite penduradas, que serviam de tela para projeções de imagens, como o céu e o mar. Várias vezes, ele arriscou alguns passos, nem sempre bem-sucedidos. Para a sorte do público, ele canta bem melhor do que dança. Djavan estabeleceu uma empatia estilosa com a plateia, que intercalava reações: ora um silêncio admirado diante de versos como "milhagens de amores febris", ora fazendo backing vocal nas canções mais conhecidas.

"Vive", música que fez para Maria Bethânia, arrancou aplausos ainda no meio da apresentação. Ele foi ovacionado, aplaudido de pé, ao fim de "Oceano". "Vocês cantaram lindo", respondeu. A plateia também acompanhou "Flor de Lis" todinha. No meio do espetáculo, os papéis que serviam de cenário propositalmente despencaram, dando espaço para a fase "um banquinho, um violão" no show. Um dos pontos altos da apresentação foi a música "Retrato da Vida", que fez em parceria com Dominguinhos. "Um dia ele me encontrou e perguntou: se eu te mandar uma musiquinha você faz uma letrinha?", contou Djavan, pedindo pela saúde de Dominguinhos, que está doente.

Djavan cantou bem mais novas canções do que grandes sucessos. A apresentação seguiu em crescente até terminar bem empolgante. Ciente de seu poder de mexer com as emoções, o cantor abusou da voz macia e das letras elaboradas (quem mais usa a palavra "excelso" num verso musical?). As melodias tinham uma batida marcada, com acordes repetidos, numa tocada que faz lembrar outras músicas do cantor. A sintonia com a banda, com quem não tocava há 15 anos, foi evidente. Há uma forte presença de instrumentos de sopro, bem característicos das canções de Djavan.

As últimas cinco músicas da apresentação, o público assistiu em pé. Djavan convidou os 2,4 mil espectadores para fazer parte do show: para sair da poltrona e se aproximar do palco. Nas quase duas horas de espetáculo, o cantor foi atencioso e cumprimentou dezenas de pessoas, apertando mais de 80 mãos. "O frio que vem lá do Sul", como cantou em "Se", não foi problema. Djavan se despediu com um "até a próxima". O público vai ficar na espera.

Djavan se apresenta em Curitiba

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Cultura e Lazer | 4:13

Cantor alagoano volta a Curitiba após dois anos, para única apresentação baseada no álbum Rua dos Amores, elaborado apenas com composições próprias recentes. Espetáculo conta também com sucessos da carreira de Djavan.

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