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Em "Por água abaixo" o estúdio britânico Aardman Features, que ficou famoso com suas animações em stop-motion, lança-se em um estilo totalmente novo - e com sucesso.

O filme, uma trama caótica dirigida com habilidade por David Bowers e Sam Fell, é totalmente animado por computador, embora mantenha o visual que consagrou o estúdio. Os personagens são projetados para parecerem bonecos de massa de modelar, com as sobrancelhas e bocas exageradas como nos filmes da Aardman, como "Wallace & Gromit - A batalha dos vegetais" e "Fuga das galinhas".

Não há limite de idade para o longa, que estréia esta sexta-feira no Brasil.

Roddy St. James (voz de Hugh Jackman na versão legendada) é um ratinho de estimação que mora em Kensington, bairro luxuoso de Londres. Seu espaço é invadido por um rato de esgoto chamado Sid, quando sua família sai de férias. O plano de Roddy para atrair o rival para um "banho" na privada sai pela culatra, e é Roddy que acaba indo descarga abaixo.

O rato acaba nos subterrâneos, numa outra Londres, encontrando-se com camundongos, ratos, sapos e lesmas. Quase imediatamente, Roddy envolve-se nas desventuras de uma roedora ruiva chamada Rita, que na versão em inglês é dublada por Kate Winslet.

Rita comanda um barco improvisado pelos esgotos e combate o malvado Toad (voz de Ian McKellen), que pretende eliminar todos os roedores do mundo, apesar de usar dois deles como subalternos, o tagarela Spike e um rato albino chamado Withey.

Uma disputa por um rubi acaba se tornando uma batalha por um pedaço de fio que Toad quer usar para concretizar seu plano de acabar com todos os comedores de queijo dos subterrâneos. Como seus subalternos não conseguem o feito, Toad convoca seu primo, Le Frog, um hilário Jean Reno na versão original, que é um mercenário francês.

O ponto alto do filme é uma perseguição maluca pelos esgotos, mas, desde o momento em que Roddy mergulha pela privada, o filme não pára.

Os efeitos sonoros e a música têm um papel essencial na comédia, que tem até uma deliciosa serenata com coro de lesmas cantoras. Os bichinhos chegam bem perto de roubar a cena dos heróis roedores.

Todos os personagens são brilhantemente concebidos, tanto em termos de formato físico como de personalidade. Eles são programados para se mover e agir exatamente como se fossem de massa ou madeira, embora sejam digitais.

Os cenários são coloridos e cheios de detalhes, e a trilha brincalhona de Harry Gregson-Williams garante movimento à comédia.

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