Detalhes
Saiba mais sobre as atrações previstas para integrar o Cine Passeio, projetado pelos arquitetos Mauro Magnabosco e Dóris Teixeira:
Cinema
Serão duas salas de projeção (Luz e Ritz), com 111 lugares. Outra sala, com 87 cadeiras, servirá aos cursos que devem ser ministrados no espaço, uma continuação, diz o coordenador do programa Novo Centro do Ippuc, Mauro Magnabosco, do que já é realizado na Cinemateca de Curitiba. A localização do prédio, aliás é bastante benéfica, por conta da proximidade com a Cinemateca. "Formará um conjunto na área voltado para o estudo do cinema, e complementará o que já é realizado atualmente."
Estão previstas, ainda, áreas de convivência, um café, biblioteca e espaço para exposições e encontros. No terraço, deve ser construído um espaço para projeções ao ar livre. "Queremos fazer com que as pessoas circulem e usufruam desse espaço. É um local que, sem dúvida, será indutor de outras revitalizações no centro", frisa Magnabosco.
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Parte das obras de revitalização do centro, o projeto que transformará o antigo quartel do Exército, localizado na Rua Riachuelo, em Cine Passeio, poderá sair do papel ainda este ano. Com a transformação do prédio em Unidade de Interesse Especial de Preservação (UIEP), na semana passada (Decreto N.º 1.275/2012), e com o estabelecimento da transferência de potencial construtivo, os recursos para a obra, de R$ 5 milhões e 700 mil, começarão a ser arrecadados para o espaço.
Projetado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ippuc), o prédio de mais de 2,5 mil m² terá equipamentos como salas de projeção que serão batizadas de Luz e Ritz, cinemas de rua que foram desativados, respectivamente, em 2009 e 2005. "A intenção é preservar a arquitetura, o cinema de rua, culturalmente, e os cine Luz e Ritz, que atendiam ao público que aprecia cinema de arte", ressalta o arquiteto e coordenador do programa Novo Centro do Ippuc, Mauro Magnabosco, responsável pelo projeto junto com Dóris Teixeira.
Inicialmente, o dinheiro viria do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das Cidades Históricas, mas a verba está atrasada. Por conta disso, a Fundação Cultural de Curitiba (FCC) está apostando as fichas no dinheiro que deve vir do potencial construtivo, que é uma espécie de "troca" com empreendimentos, ou seja, é permitido construir um prédio dois andares maior em uma área onde inicialmente seria vetado, se houver investimento no potencial. "Vimos no potencial uma saída, já que o mercado de construção civil continua aquecido. Por isso, acreditamos que a vinda do dinheiro será rápida", salienta a presidente da FCC, Roberta Storelli. A previsão, informou a presidente, é que os editais de licitação para a construção sejam lançados "o mais breve possível." "Estamos bastante otimistas, pois outros projetos captaram rapidamente dessa forma."
O uso do PAC das Cidades Históricas não está descartado. "Ainda temos esperança que o dinheiro venha, assim poderemos compor com o que arrecadarmos." Se a verba vir integralmente, 80% do custeio do equipamento seria bancado com o valor. "Temos várias outras necessidades que podem ser resolvidas com o dinheiro, como a restauração do Solar do Barão, por exemplo", disse.
Outra fonte que deve ser usada para compor o necessário para o início das obras, que deveriam ter começado neste ano (segundo Roberta, esse prazo será cumprido), é o dinheiro da venda do antigo imóvel do Cine Luz, na Rua XV de Novembro. As negociações começarão essa semana e a proposta de compra é, de acordo com a presidente da fundação, de R$ 1,1 milhão, que irá para o Fundo Municipal de Ampliação e Conservação do Patrimônio Público. A princípio, o dinheiro não poderia ser aplicado na reforma, somente na compra de um outro equipamento. No entanto, um acordo permitirá o repasse do valor para o Cine Passeio.
Equipamentos
O valor total da transformação do prédio histórico, construído em meados da década de 1930 para abrigar setores administrativos do Exército, localizado em um dos primeiros eixos de formação urbana de Curitiba, não contempla, por exemplo, os projetores para as salas. Roberta Storelli esclareceu que a FCC está elaborando um projeto para encaixar na Lei Rouanet para essa compra, e que, caso o PAC saia, a verba também poderá ser aplicada. No total, as obras devem durar 18 meses. "Acredito que em dois anos, em média, teremos a inauguração."
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