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Saiba mais sobre o Paço da Liberdade |
Saiba mais sobre o Paço da Liberdade| Foto:
  • Edith de Camargo, líder do Wandula, conjunto que costuma se apresentar no Paço
  • Sérgio Albach: o renomado instrumentista participou do projeto Música no Café
  • José Miguel Wisnik: personalidade que fará palestras sobre futebol este ano

Daqui a 13 dias, o Paço da Liber­dade completa um ano de (muitas) atividades. Há inúmeros mo­­tivos para queima de fogos, salva de palmas, gritos de hip-hip urra e tudo mais. No entanto, um confiável termômetro para saber quais os efeitos da implantação do espaço pode ser medido pela voz dos vizinhos.

Cinco estacionamentos do entorno, que antes fechavam as portas por volta das 19h30, alteraram os seus horários para atender à demanda dos visitantes do Paço, que funciona de terça-feira a domingo das 10 às 22 horas.

Abdu El Nasser é proprietário do Arabesco Cafeteria, um café que coloca cadeiras sobre a calçada, na Praça José Borges de Macedo, separado apenas por um chafariz do Paço. Ele é testemunha ocular de como esse centro cultural revitalizou a região, por muito tempo cenário de ações pouco pacíficas, para dizer o mínimo.

Nasser garante que, de um ano para cá, ou seja, desde que o Paço abriu as portas, aumentou e muito o fluxo de famílias curitibanas e de turistas na região, in­­clusive no período noturno e nos finais de semana. Ele nem reclama de uma possível concorrência do Café do Paço. Ao contrário. Festeja.

Foco 2010

Ano passado, foram realizados 102 projetos culturais, que se desdobraram em mais de mil even­­tos. A proposta Música no Café exemplifica. Em 2009, quem reservou um tempo para sorver um espresso no Café do Paço teve a oportunidade de ver e ouvir apresentações de renomados músicos profissionais, como Glauco Sölter, Marcelo Oliveira e Sérgio Albach, entre outros bambas.

Apesar de não ter catraca, estima-se que o fluxo de pessoas nos quatro pisos seja de 700 a duas mil pessoas diariamente.

Celise Helena Niero, a gerente executiva do Paço, avisa que este ano o movimento tende a au­­mentar, talvez devido ao foco das propostas. Em 2010, diz Ce­­lise, haverá cursos e projetos que entrelaçarão futebol e política, os dois temas do ano em que Copa do Mundo e eleição monopolizarão corações e mentes em todo o país.

Novo Renascimento?

Se alguém disser que o Paço, por meio de sua ações, pretende provocar um tremor de terra na cena cultural curitibana não será exagero. Inéditos horizontes surgem para artistas de variadas áreas. Integrantes de bandas cu­­ri­­tibanas, por exemplo, não podem reclamar da vida. Até 1.º de abril é possível fazer a inscrição para o edital de ocupação do estúdio do Paço. Dez conjuntos serão selecionados e terão a oportunidade de gravar, individualmente, um CD, com todas as despesas pagas: estúdio, com direito a produtor, capa, videoclipe e turnê pelo Paraná.

Daniel Ferrarezi, um dos 25 funcionários do Paço, diz ter dificuldade para citar quais foram os pontos altos da programação, no que diz respeito à presença de público. De toda forma, lembra que ano passado a exposição de Arnaldo Antunes e as aulas-shows de José Miguel Wisnik e Arthur Nestrovski foram tão disputadas quanto Atletiba em final de campeonato.

Dezembro, completa Celise, também foi uma festa: mais de 50 mil pessoas foram atendidas no Paço. E, por atendimento, entenda-se usar internet, em­­pres­­tar um livro, participar de um curso etc.

Os proprietários de sebos, ar­­marinhos e lanchonetes das imediações sorriem quando enxergam Celise, Ferrarezi e os outros 23 funcionários do Paço: eles estão ligados àquele antigo novo prédio que tornou a região tão badalada como nunca.

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