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A Apple e a gravadora EMI Group revelaram nesta segunda-feira (2) um acordo inédito que permitirá à primeira vender o catálogo de música da segunda sem restrições impostas por softwares de proteção contra cópias, tecnologia conhecida pela sigla em inglês DRM.

A EMI, que hospeda os artistas Robbie Williams, Coldplay e Pink Floyd, informou que tornará as músicas de seu catálogo disponíveis sem as restrições antipirataria que tornam o uso das faixas complicado.

O acordo é uma evidência da popularidade dos players de música digital. O MP3 é um formato de áudio aberto que permite aos usuários compartilharem faixas com outros. A indústria da música, até agora, vinha evitando o formato, preferindo as tecnologias que fornecem alguma forma de proteção contra cópia do conteúdo.

"Acreditamos que oferecer aos consumidores a oportunidade de comprar faixas de qualidade maior e ouví-las no aparelho de sua escolha é uma medida que irá incentivar as vendas de música digital", disse o presidente-executivo da EMI, Eric Nicoli.

A EMI citou demanda dos consumidores por música de alta qualidade seja em sistemas de som domésticos, seja em celulares e players portáteis.

A gravadora informou que a iTunes será a primeira loja online a usar seu novo modelo mundial de preços para músicas de alta qualidade sem DRM.

A estratégia de oferta de música online sem DRM complementa catálogo de sistemas de downloads protegidos da EMI.

No começo do ano, o presidente da Apple, Steve Jobs, pediu às quatro grandes gravadoras mundiais, entre as quais a EMI, para começarem a vender canções online sem software de proteção contra cópias.

Jobs argumentava que parecia não haver benefício para as gravadoras em vender mais de 90 por cento de sua música em CDs sem DRM, enquanto vendiam a pequena proporção restante online com o uso de incômodos sistemas de proteção.

Outras lojas online devem decidir nas próximas semanas se venderão músicas da EMI nos formatos AAC, WMG ou MP3 com duas vezes a qualidade sonora dos downloads disponíveis atualmente, informou a gravadora.

A Apple informou que vai cobrar pelas músicas da EMI com qualidade de som maior e sem DRM os preços de 1,29 dólares, 1,29 euros e 99 centavos de libra, dependendo da região. A iTunes continuará vendendo aos usuários faixas a 99 centavos de dólares com sistema antipirataria e qualidade padrão de som.

Clientes que já tenham comprado faixas ou álbuns com tecnologia DRM poderão atualizar para as novas versões sem proteção por 30 centavos de dólar (ou euro) ou 20 centavos de libra por música.

Como esperado, não houve anúncio de oferta de músicas dos Beatles na loja da Apple, conforme alguns especialistas chegaram a prever quando a EMI informou no domingo que faria um anúncio conjunto com criadora do popular player digital iPod.

A EMI vem operando como distribuidora dos trabalhos dos Beatles desde o começo dos anos de 1960, mas a Apple Corps, holding musical do grupo, vem sendo uma das gravadoras mais resistentes à adesão a serviços de Internet como o iTunes.

"Estamos trabalhando nisso", disse o presidente-executivo da EMI, sem arriscar fazer previsões.

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