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Ilhan Ersahin, idealizador do Wax Poetic, tem um clube em Nova Iorque chamado Nublu, espécie de reduto para música alternativa que se tornou importante na cena local.
O Nublu é também um selo musical e um projeto que envolve, além do WP, bandas como o Love Trio, o Kudu, as Brazilian Girls e o Forro in the Dark.
Mais informações podem ser encontradas no site www.nublu.net.
Ersahin nasceu na Suécia, filho de pai turco e de mãe sueca.
Saxafonista, tecladista e compositor, desde a criação da Wax Poetic, Ersahin aposta numa mistura que envolve pop, rock, jazz e hip-hop.
Fonte: Gravadora Trama.
É difícil definir a Wax Poetic. Parece um grupo de músicos que funciona mais ou menos como um projeto ou, para usar uma expressão apropriada: "coletivo". Seja lá qual for a definição, a WP se apresenta hoje à noite no Era Só o Que Faltava.
"É uma comunidade de bandas diferentes", explica Ilhan Ersahin, compositor, saxofonista e tecladista. "Essa banda está sempre evoluindo. Você precisa conferir todo o esquema Nublu para entender", diz, em referência ao clube nova-iorquino que abriga o projeto e batiza também um dos discos do WP, conhecido internacionalmente como o "berço de Norah Jones".
A cantora soube retribuir a atenção que recebeu quando ainda engatinhava no mundo do espetáculo e, no seu disco mais recente, Not Too Late, chamou Ersahin para uma participação especial. O sueco comparece com a composição "Thinking About You", carro-chefe do álbum.
Norah Jones, é com certeza, a referência mais popular da WP. Mas uma olhada na lista daqueles que tocaram com o grupo não deixa dúvidas sobre a qualidade do trabalho produzido por ele. Do trompetista Eddie Henderson (que tocou com Herbie Hancock) até o baterista Kenny Wollensen (Lou Reed e Tom Waits), a WP coleciona músicos de respeito.
Embora tenha um disco lançado no Brasil pela Trama (chamado Wax Poetic), o show de hoje à noite se baseia sobretudo em um dos álbuns mais recentes, Brasil, inédito no país. Como o título sugere, o som tem um pé na música brasileira (outros trabalhos também levam nomes de lugares, como Copenhagen e Istanbul). Nele, Ersahin dá espaço a uma lista impressionante de colaboradores: Otto, Max de Castro, Mestre Ambrósio, Poléxia e Bebel Gilberto são alguns deles.
Essa afeição de Ersahin pelo Brasil começou com viagens freqüentes ao país, sempre em turnê. Na condição de colecionador de vinis, ele procurou comprar o que conseguiu encontrar de discos antigos em sebos. "Eu comprei muitos e muitos discos e acabei ouvindo muita música brasileira", lembra, admitindo também a influência de vários amigos daqui.
Se Brasil, o álbum, é resultado da colaboração de vários artistas, como Ersahin se vira sem eles em suas apresentações? "Eu gostaria que nós viajássemos todos juntos... Um dia faremos isso." Em São Paulo e no Rio de Janeiro, o WP contou com alguns convidados. "Agora nós somos como um circo viajante, tocamos com aqueles que encontramos. Essa é a idéia da turnê, mais como uma festa do Nublu do que como um concerto da WP."
Floripa
Quase dois anos atrás, o grupo que já flertou com o jazz e a música eletrônica chegou a abrir um clube em Florianópolis e o manteve durante uma temporada de verão. Ersahin conta que quer muito abrir uma filial da Nublu no país, mas lamenta estar envolvido em compromissos de viagem e em Nova Iorque. "Mas não seria de fato um clube e sim algo como um centro artístico. Semelhante a um clube comunitário que sirva de base para a criação artística. É disso que esse mundo precisa."
Serviço: Show com a banda Wax Poetic. Era Só O Que Faltava (Av. República Argentina, 1.334). Hoje, às 22 horas. Ingressos a R$ 15 (antecipado) e R$ 20 (na hora), à venda no local. Mais informações: (41) 3342-0826.
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