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Domício Pedroso foi pioneiro do abstracionismo no Paraná | Daniel Derevecki/Arquivo/Gazeta do Povo
Domício Pedroso foi pioneiro do abstracionismo no Paraná| Foto: Daniel Derevecki/Arquivo/Gazeta do Povo

Morreu ontem em Curitiba, aos 83 anos, o artista plástico paranaense Domício Pedroso. O corpo do artista foi velado e cremado na tarde de segunda-feira, na Capela Vaticano.

Trajetória artística de Domicio Pedroso é contada em livro

Carlos Domício Moreira Pedroso nasceu em Curitiba em 1930. Foi aluno do pintor Guido Viaro e formou-se na década de 1950 na Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP). Realizou sua primeira exposição individual no ano de 1958, na Biblioteca Pública do Paraná.

No ano seguinte, fez a viagem que definiria sua carreira ao passar três anos em Paris, entre 1959 e 1962. Lá, desenvolveu estudos da comunicação visual, e trabalhou na Radiodiffusion-Télévision Française e no Centro de Informações da Unesco, obtendo o diploma de especialista em técnicas audiovisuais.

O artista e seu tema: os 60 anos de carreira de Domício Pedroso

Pedroso voltou ao Brasil em 1962, e organizou o Centro Audiovisual da Secretaria de Educação e Cultura para o Governo do Paraná. Na década de 1980, coordenou a Fundação Nacional de Arte (Funarte) para a região Sul do país.

Nunca parou de produzir quadros e gravuras – suas obras estão em acervos de museus como o Museu de Arte de São Paulo, a Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, e o Museu Oscar Niemeyer (MON), que conta com 13 obras do pintor.

Em 2011, o artista publicou seu primeiro livro Domício Pedroso: Variações em Torno do Tema, com comentários críticos de Adalice Araújo, Ivens Fontoura, Aramis Millarch, entre outros.

Abstracionista

Para o crítico de arte Fer­­­­nando Bini a morte do artista é uma perda "dupla e inestimável". "Ele era um dos meus melhores amigos, uma das pessoas com as quais eu tinha prazer de conviver", declarou. Segundo Bini, Pedroso foi um dos grandes artistas do início da fase da abstração no Paraná, na década de 1960, ao lado de Fernando Veloso.

"Eles passam uma temporada em Paris e são figuras chaves do início da abstração no estado. Domício até voltou a figuração, mas sempre manteve alguns elementos abstratos. Deixou uma obra muito bonita e lírica. Para a arte e para os amigos fica um vazio", disse Bini.

Para a diretora cultural do MON, Estela Sandrini, "Domício foi um dos artistas mais expressivos do estado, além de ser agregador da classe artística e grande produtor e gestor das exposições no Paraná".

O secretário de Estado da Cultura do Paraná, Paulino Viapiana, também lamentou a morte do artista "que dedicou sua vida não somente à pintura, mas também contribuiu significativamente para a formação cultural do estado, por meio de sua atuação paralela em órgãos públicos".

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