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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Aberta a todos os tipos de reações possíveis, a artista plástica Marcia Xavier, uma das participantes da 4.ª VentoSul – Mostra Latino-Americana de Artes Visuais (em cartaz em quatro espaços da cidade desde o mês de setembro), inaugura nesta segunda-feira (15) uma instalação que deve parar muitos dos pedestres que passam pela Praça Osório, na região central da capital.

Batizada de "Olho d'Água", a instalação consiste em uma espécie de lupa gigante, com três metros de altura e três metros de diâmetro, feita de metal, plástico e 300 litros de água. A intenção da artista? Fazer com que os passantes enxerguem o local a partir de uma nova perspectiva. "A espessura da água forma uma lente. Então, tudo o que ficar em cima da peça – as plantas, os prédios, os cabos de energia, os pombos – tudo isso irá passar pela água à medida que a pessoa andar, formando imagens distorcidas, como se fosse um cineminha em 3D", explica Marcia. Além da tridimensionalidade, a artista pretende suscitar no observador da instalação a experiência de enxergar objetos com os olhos rasos de água, o que justifica o título da obra.

Mineira radicada em São Paulo, Marcia conta com outro trabalho em exibição na cidade – uma projeção de um salto de pára-quedas, em cartaz no Memorial de Curitiba. E foi assim, das alturas, que ela escolheu a Praça Osório como sede para "Olho d'Água", porém, sem o efeito da adrenalina de uma queda livre. "Fiquei passeando pelo Google Earth (programa que apresenta um modelo em três dimensões do globo terrestre, construído a partir de fotografias de satélite) e procurando o local ideal para a instalação. Sempre pensei que ela tinha de ficar em uma praça, porque é um lugar onde a natureza e a cidade acontecem ao mesmo tempo", conta.

Quanto a possíveis depredações ou críticas dos transeuntes à proposta de ampliação e distorção dos elementos urbanos da tradicional praça, a artista garante não estar nem um pouco temerosa. "Intriga-me muito saber o que as pessoas vão achar. Bom ou ruim, não sei. Para mim tudo faz parte e interessa. Não sei como será a repercussão, mas a minha idéia é atingir as pessoas e isso com certeza vai rolar. Se vai mexer para o bem ou para o mal, pouco importa, eu quero a reação, ver como as pessoas recebem um trabalho diferente e como reagem à presença de um corpo estranho na praça", revela.

Confira as exposições em cartaz no Guias e Roteiros

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