• Carregando...
 |
| Foto:

Em uma iniciativa inédita na cidade, um grupo de artistas resolveu abrir ao público as portas dos ateliês para aproximá-lo da arte contemporânea. Hoje e amanhã, quem estiver interessado em conhecer as obras e processos de trabalho de cinco espaços artísticos diferentes pode seguir o roteiro do projeto Curto Circuito (saiba mais sobre cada participante nos textos à direita).

Ação independente apoiada pela SIM Galeria, a intenção é quebrar a ideia do "cubo branco", ou seja, de que só se pode ver arte dentro de museus e galerias, além de aproximar o artista do público – a "rota" começa hoje, às 10 horas, e segue até domingo, às 15 horas.

"Os ateliês são próximos, a distância é curta. Incentivamos que as pessoas façam o circuito inteiro no fim de semana, a pé ou de bike", sugere Biel Carpenter, um dos participantes. "É muito inusitado as pessoas terem a oportunidade de desvendar literal-mente o que a gente faz. Isso muda o ponto de vista das pessoas e dá mais intimidade com a arte contemporânea", afirma André Mendes.

O Curto Circuito surgiu de uma conversa entre a cena.

"É algo muito importante para a cidade, para mostrar essa produção pulsante e abrir o mercado.

Foi uma forma de a gente conseguir organizar um sistema expositivo paralelo", diz o artista André Azevedo.

Inédita na cidade –o hábito de abrir os estúdios de criação para visitação é uma prática comum tanto no Brasil como no exterior – Willian Santos, que apresentará seu espaço junto com Constance Pinheiro, cita Nova York como exemplo.

"Frequentei muito esse tipo de projeto quando passei um mês lá. Tem muitos edifícios que são formados apenas por estúdios."

Juan Parada, outro participante da ação, acredita que agir de forma independente é importante. "Gera uma autonomia . E o fato de abrirmos o espaço promove a possibilidade de um colecionador conhecer nossa obra, por exemplo. É mais um caminho. A arte contemporânea trata dessa permissividade e desse cruzamento de campos."

Hoje às 10 horas

"A proposta do meu espaço vai ser mostrar que ele funciona como um laboratório de ideias", conta o artista. André pegou sua pesquisa, que faz em cima de fibras têxteis, e elaborou uma espécie de mapa mental, utilizando quase todos os espaços do estúdio. O público poderá ver ainda escultura em tecidos, fotografias, colagens e uma coleção de objetos e utensílios.

Endereço: R. São Francisco, 13 – Centro.

Hoje, às 14 horas

Com foco no tridimensional – seja na escultura, na instalação ou nos diálogos arquitetônicos, Parada fala que a proposta é mostrar a rotina do ateliê. "Não maquiamos nada. O foco é ver como as peças funcionam, as ferramentas e materiais que são usados no trabalho. Esse bastidor da arte que é muito difícil de as pessoas fora do meio conhecerem."

Endereço: Rua Nicolau Maeder, 10, apto. 2 – Alto da Glória

Hoje, às 17 horas

Jack Holmer, que trabalha com arte e tecnologia, apresentará um jogo de videogame. Biel Carpenter exibirá trabalhos de sua nova fase, dedicada à pintura e Mariana mostrará os processos artísticos e criativos.

Endereço: Rua Dias da Rocha Filho, 1.164 – Alto da XV.

Domingo, às 10 horas

Um dos participantes da Bienal Internacional de Curitiba em 2013, Willian Santos, junto com Constance Pinheiro, quer propor uma experiência sensorial para os visitantes, por meio de fotografias, instalações e pintura. A intenção é de aproximar cada vez mais o público.

Endereço: Rua Padre Agostinho, 875, Apto, 11B – Mercês

Domingo, às 15 horas

Conhecido por várias obras públicas monumentais em espaços públicos, André Mendes vai mostrar em seu ateliê outro mural, com suas propostas e referências atuais. O visitante poderá ver também uma parede com testes e outros materiais. Em paralelo, ele convidou o fotógrafo Antonio Wolff para dividir o espaço do ateliê.

Endereço: Rua Madre Maria dos Anjos, 1295 - Rebouças

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]