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“Inconfidência”, de Antônio Poteiro, um dos mestres da pintura primitiva | Reprodução
“Inconfidência”, de Antônio Poteiro, um dos mestres da pintura primitiva| Foto: Reprodução

Artistas

Conheça alguns dos 27 artistas que participam da mostra na Galeria da Caixa de Curitiba.

Cícero Dias

O pernambucano é um dos grandes nomes do modernismo e está representado pela obra "A Jovem e o Flautista". Nos anos 20, início de sua carreira artística, Dias se volta ao movimento regionalista. Já nos anos 40, foca no abstracionismo, mas sem perder de vista as cores e os elementos que remetem ao Nordeste. Mais tarde, o caráter lírico também é inspiração, apresentando figuras e paisagens construídas sempre com cores suaves.

José Pancetti

O paulista pintou suas primeiras obras em serviço para a Marinha de Guerra e foi pintor integrante da Companhia de Praticantes e Especialistas em Convés. Autodidata, Pancetti mostrou grande interesse por paisagens marinhas, retratos e autorretratos. Na exposição, é representado pela tela "O Menino".

Francisco Rebolo

Mestre das paisagens ao ar livre, especialmente os espaços de São Paulo, Rebolo transitou entre a figuração, o abstracionismo e o construtivismo.

Em novembro passado, um público de 16 mil pessoas que visitou a exposição de acervo Galeria Caixa Brasil, realizada simultaneamente em todas as capitais brasileiras, deixou em uma urna os nomes das obras que mais o impressionaram.

Agora, as "preferidas", dentre as 600 exibidas, voltam à cena na mostra Galeria Caixa Brasil – Obras Selecionados (confira o serviço completo da exposição), que abriu nesta semana para visitação em Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, nos espaços da Caixa Cultural, em comemoração ao aniversário de 150 anos da Caixa.

"A pessoa votava na obra com que mais se identificava, de acordo com o gosto pessoal. Então, nesta segunda etapa, há uma interação muito íntima entre o espaço expositivo e público", diz o assistente da Caixa Cultural, Alexandre Vinícius do Carmo.

Cada cidade recebe uma parte das 135 obras selecionadas. Em Curitiba, estão 27 delas, entre fotografias, gravuras e pinturas de nomes significativos da arte brasileira como Cícero Dias (1907-2009), José Pancetti (1902-1958), Francisco Rebolo (1902-1980) e outros criadores importantes do modernismo brasileiro, misturados a menos conhecidos, talvez injustamente, como o paulista Sebastião Justino Faria, o Mestre Justino (1932-1994). "Ele tem uma obra importante, chamada ‘Vale do Paraíba’", conta Carmo.

"Procuramos fazer com que todas as capitais tivessem esse equilíbrio, para dar a oportunidade às pessoas de conhecer novos artistas", conta Carmo. Por aqui, por exemplo, ao invés de uma obra do mestre Alfredo Andersen, em exibição noutra capital, estará uma tela do paranaense Leno Braga. "Ele é nascido aqui, mas fez sua trajetória artística em Salvador e no Rio de Janeiro", conta o assistente.

Além disso, a mostra reflete diversas técnicas, temas e períodos da arte brasileira. "É possível identificar diversas regiões do país, há obras mais ligadas ao folclore nordestino, mas também fotografias que poderiam retratar o cotidiano de Curitiba", diz Carmo. A mais antiga delas, de 1968, é do artista Glauco Rodrigues (1929-2004).

Naquele ano, a Caixa deu início ao acervo de 2 mil obras ao contratar artistas para ilustrar bilhetes da loteria federal, entre eles, Di Cavalcanti, Carlos Scliar e Djanira. "Eram sempre imagens comemorativas de datas especiais como São João, Natal, ano -novo", conta Carmo. Em 1986, com a incorporação do Banco Nacional de Habitação (BNH), foram adicionadas outras 250 pe­­ças, incluindo obras de Anita Malfatti, Alfredo Volpi, Tarsila do Amaral. No ano seguinte, quando Brasília se torna patrimônio cultural da humanidade, a Caixa convida 60 artistas pra desenvolver obras sobre o tema. O artista Athos Bulcão, parceiro de Niemeyer na realização dos murais, Claudio Tozzi e Eduardo Zimmermann estão entre eles.

O último momento de formação de acervo ocorreu em 1998-99, por ocasião dos 500 anos do Brasil, quando nomes como os de Carmela Gross, Siron Franco, Daniel Senise, entre outros, desenvolveram obras comemorativas. "Nessa trajetória, a Caixa acumulou um acervo representativo da arte brasileira do século 20", conta Carmo. Desde então, o banco não adquiriu novas peças para a coleção, que quando não está circulando pelo país, permanece na Caixa Cultural de Brasília. "O foco é manter as obras em excelentes condições, e fazê-las viajar, para que o povo brasileiro tenha acesso a este patrimônio", diz o funcionário.

As exposições das cinco galerias podem ser vistas em detalhes em uma galeria virtual, no endereço www.galeriacaixabrasil.com.br.

Serviço:

Galeria Caixa Brasil (confira o serviço completo da exposição), (41) 2118-5114. De terça a sábado, das 10 às 21 horas; e domingo, das 10 às 19 horas. Até 13 de fevereiro.

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