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O mundo ganhou sete novas maravilhas no começo deste mês, entre elas o Cristo Redentor. Agora, é Curitiba que também pode reverenciar a eleição de sete maravilhas locais... só que consideradas bizarras. O resultado foi divulgado no começo desta semana pelo blog Curitiba Deluxe (cwbdeluxe.blogspot.com). A escolha dos monumentos curitibanos faz parte de uma brincadeira virtual para divulgar o site e acabou ganhando grande repercussão na internet. "Foi engraçado. Acabou tomando uma dimensão que não esperávamos", conta o jornalista Rodrigo Apolloni, um dos idealizadores do concurso.

Ao contrário da votação mundial que durou várias semanas e contou com a participação de cerca de 100 milhões de pessoas, a eleição das sete maravilhas bizarras de Curitiba aconteceu em apenas uma semana e teve somente 70 votantes. O primeiro lugar ficou com a réplica da Estátua da Liberdade da loja Havan, no bairro Prado Velho. Em seguida estão a Fonte da Memória, localizada no Largo da Ordem, e a Primeira Igreja Batista de Curitiba, que continua em construção na Avenida Batel. Os outros quatro eleitos são o Rio Belém; a cracolândia dos arredores da Praça Tiradentes; a vida "trash" noturna da Rua Cruz Machado; e o mural pintado na fachada da prefeitura.

Apolloni conta que a idéia do concurso surgiu em um bate-papo durante o intervalo de trabalho. A lista de indicados ao "título" foi montada na mesma hora. "Bizarro não quer dizer tosco ou feio. O dicionário traz o significado de algo extravagante. Quem votou fez a associação que quis", justifica o jornalista.

A campeã da extravagância, a estátua da Havan, fez a professora aposentada Maria Auxiliadora Pimenta pensar no sentido do monumento. "Não tem nada a ver com o Brasil. É copiado", critica. A assessoria da rede catarinense de lojas explica que a estátua foi colocada em algumas unidades como estratégia de marketing para chamar a atenção das pessoas.

Já a cabeça de cavalo da Fonte da Memória que jorra água pela boca divide opiniões. "É estranho", afirma a cuidadora de idosos Lenir Pereira da Silva. "Acho interessante. É muito importante porque não nos deixa esquecer de onde nós viemos", diz o economista André Florecki. O monumento do artista curitibano Ricardo Tod, morto em um acidente rodoviário em 2005, foi colocado em frente à Igreja do Rosário em 1995, na gestão de Rafael Greca, para resgatar a história dos colonos que levavam seus cavalos para beber água na região. "Prefiro não entrar no mérito do julgamento, já que assim são os grandes artistas: conseguem irritar a mediocridade até depois de mortos. Ricardo Tod morreu como artista da galeria Louvre, em Paris", dispara Greca.

Há 24 anos em construção, a Primeira Igreja Batista de Curitiba também não deixa de chamar a atenção pelo seu tamanho. O projeto, iniciado em 1983, será concluído com 27 mil metros quadrados, mas ainda não há previsão para o término das obras. O pastor Paschoal Piragine Júnior, presidente da igreja, explica que a obra tem sido feita de acordo com as doações dos fiéis e ressalta que o local também abriga diversas ações, como curso pré-vestibular e núcleo de emprego.

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