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Um tribunal vietnamita condenou nesta sexta-feira o astro do rock britânico dos anos 70 Gary Glitter a três anos de prisão por ter molestado duas meninas. Depois da sentença, a mínima para este tipo de crime no Vietnã, Glitter, de 61 anos, voltou a se declarar inocente.

- Sou inocente, é uma conspiração de quem vocês sabem. Um dos jornais britânicos. Não é um julgamento justo - disse.

O juiz Hoan Thanh Tung descreveu em detalhes os abusos cometidos pelo cantor no balneário de Vung Tau. Ele disse que Glitter, de 61 anos, cujo nome verdadeiro é Paul Gadd, ejaculou na barriga de um das menores e a outra urinou em sua boca.

O advogado de Glitter indicou que seu cliente vai apelar da sentença, processo que segundo a lei vietnamita tem um prazo máximo de 15 dias.

Por sua vez, o Colégio de Advogados de Hanói manifestou que Glitter tem o direito de obter a liberdade sob fiança quando cumprir a metade da condenação.

Na quinta-feira, a promotoria solicitou uma pena entre três e quatro anos de prisão para Glitter em um julgamento realizado na localidade de Ba Ria.

No julgamento testemunharam as meninas vietnamitas de 11 e 12 anos que denunciaram que Glitter as havia beijado e feito carícias depois de convidá-las para visitar seu apartamento em Vung Tau.

As menores repetiram esse testemunho perante o júri, apesar de meses atrás seus parentes terem solicitado clemência para Glitter, depois que o músico ter dado US$ 2 mil a cada uma de suas famílias.

Durante o julgamento, Pham Dinh Cuc, chefe da Promotoria Pública, insistiu que Glitter ofereceu dinheiro às duas meninas para que tirasse a roupa e logo passou a beijá-las e a fazer carícias.

Não é a primeira vez que Glitter é preso por crimes relacionados com pedofilia. Em 1997 ele foi detido e dois anos mais tarde um tribunal londrino o condenou a quatro meses de prisão por posse de pornografia infantil depois de encontrar em seu computador cerca de 4 mil fotos de menores entre 3 e 10 anos. Depois de cumprir metade da sentença, Glitter saiu da Grã-Bretanha e desde então morou em Cuba, Camboja e Vietnã. Em 2002, autoridades cambojanas o expulsaram do país devido aos atos de pedofilia.

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