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Há cerca de sete anos, um encontro informal de artistas plásticos acabou resultando em uma iniciativa louvável de divulgação e incentivo à produção local, além de um espaço para troca de experiências entre produtores de diferentes segmentos. Gente que, como a artesã Emília Wanda, freqüentava o ateliê de escultura do Centro de Criatividade de Curitiba, no Parque São Lourenço, e o ateliê de cerâmica Calens. "Eram apenas reuniões com almoço, nas quais conversávamos bastante sobre arte. Aos poucos, novos artesãos e designers foram sendo convidados", conta Emília, recordando o surgimento do movimento Atelier Aberto, grupo formado por cerca de 50 artistas e expositores que, desde 1999, realizam, em média, duas mostras por ano.

Na noite de ontem, às margens do lago do Parque São Lourenço, teve início a 24.ª edição do Atelier Aberto, mostra, exposição e feira de arte, que reúne peças exclusivas da mais recente produção de artistas plásticos, designers, artesãos e produtores de objetos de conceito e arte locais. Os suportes são os mais diversos: pintura, escultura em madeira, gravura, papel, desenho, cartonagem, miniaturas, modelagem, tecidos, origami, aquarela, vidro, velas, metal, papier marche, poesia, tear, cerâmica e mosaico. Em comum, as peças que estarão expostas e poderão ser adquiridas pelos visitantes expressam um panorama do contexto cultural brasileiro e, simultaneamente, a identidade marcadamente contemporânea da criação curitibana.

Com uma expectativa de público que gira em torno de três mil pessoas, o Atelier Aberto, de acordo com Emília, além de ser uma oportunidade ideal para a união cada vez maior entre os artistas locais, serve como um meio de colocar a população curitibana em contato com a arte feita por aqui. A artesã ressalta ainda que as peças exclusivas expostas na mostra são um alternativa viável aos consumidores, especialmente nesta época do ano, quando grande parte das pessoas enfrenta verdadeiras maratonas em busca de um presente de Natal que possua o mínimo de originalidade. "No ateliê, elas podem encontrar peças de arte de alto nível, a bons preços, negociadas diretamente com os criadores", explica.

Aprendizado

Além da oportunidade de conhecer e adquirir peças exclusivas de artistas locais, o público freqüentador do Ateliê Aberto poderá também aprender algumas das técnicas artísticas apresentadas na mostra, de maneira rápida, descontraída e eficaz. São as chamadas Oficinas da Hora, cursos gratuitos, orientados pelos próprios expositores da feira. Nesta edição, cada oficina conta com 20 vagas disponíveis e as inscrições podem ser realizadas no local do evento (confira os temas dos cursos no quadro ao lado).

Atrações especiais também compõem a programação do 24.º Atelier Aberto, como as participações do Grupo de Caricaturistas, da Caligrafia Oriental com Cinthia Saito e dos Malabares de Andrew, em apresentações contínuas. Amanhã, ao meio-dia, o pátio do Parque São Lourenço será palco da peça O Grande Mentecapto, adaptação do livro de Fernando Sabino, sob a direção de Cauê Krüger. Na tarde de sábado, a atração será o grupo musical Viento Sur.

Serviço: Atelier Aberto. Centro de Criatividade do Parque São Lourenço (R. Mateus Leme, esquina com R. Nilo Brandão). Hoje e amanhã, das 10 às 20 horas. Mais informações pelo telefone (41) 3252-0080.

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