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O ator estava internado desde o início de março e foi vítima de um enfisema pulmonar | Divulgação/Arquivo
O ator estava internado desde o início de março e foi vítima de um enfisema pulmonar| Foto: Divulgação/Arquivo

O ator Cláudio Marzo faleceu às 5h39 deste domingo, na Clínica São Vicente, na Gávea, zona sul do Rio de Janeiro. Ele estava internado desde o início de março e foi vítima de um enfisema pulmonar. Segundo a assessoria de imprensa da clínica, o corpo do ator será cremado, respeitando um pedido feito por Marzo a seus filhos. Ainda não há informações sobre o velório e a cerimônia de cremação.

Essa era a segunda vez no ano que o artista havia sido internado. Em fevereiro, Marzo ficou uma semana hospitalizado com “quadro infeccioso associado à insuficiência renal e enfisema descompensado”. Em dezembro do ano passado, o ator também ficou internado por três dias no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do mesmo hospital para tratar uma pneumonia. Em 2013, Marzo foi hospitalizado outras três vezes;duas internações por conta de problemas respiratórios e outra em decorrência de uma hemorragia digestiva.

O ator surgiu como galã de novelas no início dos anos 1970, ganhando destaque como protagonista de Véu de Noiva (1969) e Irmãos Coragem, exibida de 1970 a 1971. Marzo também integrou o elenco de novelas Olumas & Paetês (1980) e Pantanal (1990). Em 2007, ele interpretou Ramalho Jr. na minissérie Amazônia, de Galvez a Chico Mendes. No mesmo ano, ele trabalhou na novela Desejo Proibido. O último papel que ele interpretou foi como o Capitão Guerra, da série Guerra e Paz, em 2009.

Marzo foi casado com a atriz Betty Faria, com quem tem uma filha, Alexandra. Ele também foi casado com a atriz Denise Dumont, com quem teve um filho, Diogo. O ator ainda é pai de Bento, fruto de seu casamento com a atriz Xuxa Lopes.

Repercussão

Vários representantes da classe artística lamentaram a morte de Marzo, e relembraram trabalhos que em participaram juntos na televisão e no cinema. “Trabalhamos juntos na novela A moreninha, lá no começo da Globo, em 1965, e depois em ‘Quem ama não mata’ (minissérie de 1982, também da Globo), que foi um grande sucesso. Estivemos juntos algumas vezes na casa do (dramaturgo e novelista) Bráulio Pedroso, que era muito amigo dele e meu também”, disse a atriz Marília Pêra, segundo a qual “Claudio era quietinho, mais introspectivo, uma pessoa maravilhosa.”

A atriz recordou outras perdas recentes. “Tantos homens maravilhosos da minha geração estão morrendo, o Wilker (José Wilker, que morreu em abril de 2014), Carvana (Hugo Carvana, falecido em outubro passado). Amigos queridos. Os atores de minha geração precisam parar de morrer!”, afirmou.

A atriz Natália Timberg expressou que tivera “o prazer de cruzar com ele” na primeira novela que fez na Globo, ‘Um rosto de mulher’, em 1965. “Depois trabalhamos em Pantanal (Rede Manchete). É um colega de quem tenho as melhores lembranças, tinha um talento muito grande. Um ator que amadureceu muito bonito, era uma figura forte, bonita, uma presença marcante”, afirmou.

“É um dia muito triste. Devo muito da minha carreira a Claudio Marzo. Quando estreei, na novela O Espigão, em 1974, ele me recebeu com uma cortesia que só um ser humano de primeira categoria tem”, declarou o ator Tonico Pereira à Globonews. Ele lembrou de trabalhos com Marzo no cinema. “Fizemos A lira do delírio (de Walter Lima Jr.)”, disse. E que recentemente estiveram internados no mesmo hospital. “Há uns sete meses, estávamos internados no mesmo hospital, em quartos próximos. Um dia fui andando até o quarto dele, nós conversamos. No segundo dia, ele não me reconheceu. Fiquei meio desarvorado com a possibilidade de ele não me reconhecer”, comentou.

Também a atriz Regina Duarte relembrou parcerias com o ator. “Fizemos par romântico em quatro novelas. Tínhamos uma química muito especial, havia um entendimento tácito entre nós. Ele era muito agradável, muito expressivo”, disse a atriz, em entrevista para a Globonews. “Recentemente o visitei no hospital, não conversamos, só senti um brilho no olho dele. Ele viveu intensamente. Hoje, quando soube, pensei: ‘que bom que ele descansou, porque estava muito difícil para ele’. Era fantástico trabalhar com ele”, disse.

Marzo estava internado desde o início de março e foi vítima de um enfisema pulmonar. Segundo a assessoria de imprensa da Clínica São Vicente, o corpo do ator será cremado, respeitando um pedido feito por Marzo a seus filhos. Ainda não há informações sobre o velório e a cerimônia de cremação. Seu último trabalho na televisão foi em 2008 na série Guerra e Paz, da Rede Globo.

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