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Nossa bombshell Juliana Paes não encontrará flores na anunciada investida na capital do cinema, Hollywood. Sua exuberância física poderá conspirar contra uma eventual pretensão de conseguir papéis sérios e relevantes. O caso mais próximo que alia beleza e talento (há controvérsias) é o de Jennifer Lopez, nascida em Nova York de pais porto-riquenhos. Com 32 filmes no currículo, ela só chegou aos padrões de Hollywood como protagonista e boa bilheteria com "Encontro de amor" ("Maid in Manhattan"), de 2003, que faturou US$ 90 milhões.

Além de Jennifer, somente Salma Hayek, de "Frida", é conhecida na América e reconhecida como latina. Algumas atrizes de ascendência latina fogem ao rótulo. É o caso de Cameron Diaz, nascida na Califórnia de pai cubano-americano, mas com características físicas européias por conta de sua mãe, de ascendência inglesa e alemã. Daí sua oportunidade de fazer filmes aos quais dificilmente seria escalada se tivesse o biotipo latino, como "Quem vai ficar com Mary" e "As panteras".

Atrizes latinas por muito tempo estiveram confinadas a papéis de personagens latinos, em geral de amantes, prostitutas ou empregadas domésticas, um 'perigo' que Juliana poderá correr por conta de sua beleza. Jennifer Lopez também é muito notada por seus atributos calipígios, que Juliana têm de sobra. A última 'brasileira' a brilhar em Hollywood foi Carmen Miranda, totalmente marcada por uma caracterização estereotipada de baiana com uma cesta de frutas na cabeça. Sonia Braga teve uma carreira consistente no cinema americano, mas não alçou vôos maiores.

A única atriz latina a ganhar um Oscar foi Rita Moreno, coadjuvante em "West side story" (1961). Entre os homens, são quatro Oscar, o porto-riquenho José Ferrer (1909 - 1992) foi o único a ganhar como ator principal por "Cyrano de Bergerac" (1950). O mexicano Anthony Quinn (1915 - 2001) levou dois por "Viva Zapata" (1952) e "Sede de viver" (1956).

Depois desta última vitória de Quinn, 44 anos se passaram até que um ator latino voltasse a ganhar, o mexicano Benicio del Toro em 2000 como coadjuvante por "Traffic".

Há três anos, quando saiu uma edição especial em DVD de "West side story", Rita Moreno afirmou que todos os vilões e suas namoradas no filme eram latinos e reclamou que ainda não havia bons papéis para latinos. Quando lhe perguntaram o que achava da declaração de Benicio del Toro que não havia preconceitos, ela deu um riso irônico: "Ele deve morar em outro mundo," rebateu.

Os latinos nunca fizeram feio no cinema americano. Houve símbolos sexuais como a inesquecível Gilda, Rita Hayworth (Margarida Cansino, de ascendência espanhola) e a bond girl Raquel Welch (Raquel Tejada, de família boliviana), Jessica Alba e a mulher maravilha Lynda Carter (Linda Cordova), ambas de origem mexicana. E ainda Rosario Dawson, Dolores Del Rio, Rosie Perez e muitas outras. Entre os homens, Martin Sheen (Ramon Estevez), que faz o presidente Jed Bartlett na série "West wing" e seus filhos Charlie Sheen e Emilio Estevez, Andy Garcia, Raul Julia, Edward James Olmos, Ricardo Montalban e outros.

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