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Combo de dez integrantes (nove músicos e um produtor), com dois discos na bagagem, começa a sair do circuito independente | Divulgação
Combo de dez integrantes (nove músicos e um produtor), com dois discos na bagagem, começa a sair do circuito independente| Foto: Divulgação

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Sustentabilidade

Musical e responsável

O festival Lupaluna, que chega a sua segunda edição edição, já nasceu diferente. A conscientização ambiental, a aliança entre música, natureza e responsabilidade social esteve presente desde as primeiras etapas para a realização do evento no ano passado. E a grande procura por ingressos para o Lupaluna 2009 – o primeiro lote deve acabar nos próximos dias – confirma que o público compartilhou a ideia.

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Pedro Luís e a Parede "em ponto de baile"

Principal atração da tenda Eco­­Mu­­sic no primeiro dia do Lu­­pa­­luna (20 de novembro) – ao lado do Funk Como Le Gusta –, a banda carioca Pedro Luís e a Parede (Plap) traz a Curitiba um show um pouco diferente daquele que apresentou no John Bull Music Hall no fim do ano passado – embora o setlist de ambos seja ancorado no álbum mais recente do grupo, Ponto Enredo, lançado em 2008.

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Eles são dez. Eles são conhecidos por seus shows enérgicos. E eles vão tocar no Lupaluna. Fruto maior dos festivais de música promovidos pela Abrafin (Associação Brasileira de Festivais Indepen­­dentes), os brasilienses do Móveis Coloniais de Acaju começam a sair do circuito paralelo – e não menos importante – e a entrar no mainstream do cenário nacional. Com o show no 21 de no­­vembro, no palco EcoMusic, quem já conhece o combo terá outra prova de seu poderio sonoro; e quem ainda não os viu ao vivo, basta seguir a cartilha do vocalista André Gon­­zá­­lez. "É só chegar com disposição que a coisa acontece".O show que fará no Lupaluna será o primeiro em Curitiba desde o lançamento de C_mpl_te (2009), o segundo disco de estúdio – o primeiro é Idem, de 2005. Lançado pela Trama, o elogiado álbum produzido por Carlos Eduardo Miranda – que lançou Raimundos e já produziu Skank e O Rappa – deu personalidade à banda, que mescla rock, ska e música brasileira a inserções instrumentais típicas do leste europeu. Os dez integrantes brincam com flautas, gaitas, teclados, dois saxofones, trombone sobre o tripé rock de bateria, baixo e guitarra. Mas tudo sem pretensão. Formada em Brasília há 11 anos, a banda não imaginava estar no patamar em que se encontra hoje. E tocar no Lupaluna é prova disso. "É a primeira vez que tocamos em um evento dessa proporção, com esse tamanho", diz Gonzáles.

Prazer, Móveis

"Prezamos pela interatividade, tanto nos shows quanto em outros meios de relacionamento. Nós fa­­zemos shows com o público e de­­pendemos dessa relação para construir nosso trabalho." Essa é a definição da banda, cunhada pelo pró­­prio vocalista. Outra característica dos brasilienses é a crença no trabalho coletivo. As canções do último disco foram compostas a 20 mãos.

"Os sopros estão na frente porque eles são tão importantes quanto eu", diz o músico. "Nós somos verdadeiros, não estamos lá em cima fazendo um papel. Temos uma relação sincera com todo mundo", explica Gonzáles, que acredita na "teoria da morte do ídolo". "Esse posicionamento cria uma distância em relação àquela visão antiga de astro, de superstar, de ídolo. Isso não existe mais. Somos como qualquer pessoa e é para isso que serve a arte", diz.

E o que começou como uma brincadeira tornou-se, hoje, o sonho de quem tem uma banda. Todos os membros – exceto pelo guitarrista BC, que é economista do Ipea (Ins­­tituto de Pesquisa Econômica Apli­­cada) – vivem da música. "Na verdade, tentamos viver", brinca Gonzáles. E não foi fácil.

A banda orgulha-se de ter construído sua carreira e ter acreditado na independência. Eram eles quem marcavam e divulgavam os shows, faziam contatos com outras bandas e vendiam os discos na saída das casas noturnas. Hoje o grupo tem uma empresa própria que gere o que circula "por entre os móveis".

"Vemos o mercado de uma forma diferente. A internet minou o trabalho das gravadoras majors, mas para nós foi a principal forma de divulgar o trabalho e percorrer o país, além dos festivais", explica André. A banda também criou um evento, o Móveis Convida, no qual trazia bandas de diferentes lugares do país para dividir o palco em Brasília. Diálogo, sempre. "Esta­­mos vivendo um momento de tran­­sição para algo novo. É uma nova maneira de viver de música".

Quando canta, André Gonzáles parece estar com um sorriso permanente no rosto. E a frase que resume o grupo também é proferida com um ar satisfeito e genuíno. "No Móveis, a alegria reina."

Serviço

Lupaluna. Móveis Coloniais de Acaju. BioParque (Av. Senador Salgado Filho, 7.636). Palco EcoMusic. Dia 21 de novembro

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