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Gui Mendonça, leitor de Paulo Leminski e Alice Ruiz: música de texturas | Arquivo
Gui Mendonça, leitor de Paulo Leminski e Alice Ruiz: música de texturas| Foto: Arquivo

Serviço

Guizado, Ruído/mm e Cérebro EletrônicoQuando: Dia 4 de abril, 22h. Abertura da casa a partir das 21hQuanto: R$ 40 e R$ 20 (meia-entrada)Onde: John Bull Music Hall (R. Engenheiro Rebouças, 1645 - Rebouças, Curitiba (PR). Telefone: (41) 3026-5050)Confira o serviço completo no Guias e Roteiros RPC

Com um trompete nas mãos, um disco premiado no bolso, muitas referências na cabeça e um time de músicos de primeira linha, Gui Mendonça toca pela primeira vez em Curitiba neste sábado. Guizado, a banda liderada pelo trompetista, irá dividir o palco do Jonh Bull Music Hall com a paulista Cérebro Eletrônico e os curitibanos do ruído/mm.

A música de Guizado é recheada. Há fraseados de Miles Davis, sintetizadores à Kraftwerk e ruidosos riffs de guitarra. Boa parte do sucesso recente de seu trabalho, ousado e genuíno, é atribuído ao combinado de músicos que o acompanha.

Guilherme chega a Curitiba ao lado do baterista Curumin, dos músicos Regis Damasceno e Rian Batista, respectivamente guitarrista e baixista da banda Cidadão Instigado, e por Lucio Maia, guitarrista da Nação Zumbi.

"Estou bem feliz. Depois do lançamento do disco, estive pensando em minhas metas. E uma delas era trazer o trabalho a Curitiba", diz o músico, conhecedor de Paulo Leminski e Alice Ruiz.

O disco em questão é Punx (Diginóis/ Urban Records), lançado no ano passado. Desde então, só louros. Foi o primeiro na lista de melhores do ano segundo a Trama Virtual e aparece entre os melhores do Brasil de 2008 na lista da revista Rolling Stone.

"Não esperava esse sucesso. Acredito que foi devido ao processo de composição do álbum, muito espontâneo. Todos somos amigos, criávamos as músicas nos ensaios de uma maneira muito natural, exatamente como queríamos. Tudo isso influiu", comentou Mendonça.

Além do clima ora caótico ora espacial sugerido pelas músicas de Punx – leia-se rock psicodélico dos anos 1960 e jazz tortuoso condensado em nuances eletrônicas que se aproximam mesmo do hip-hop – Guizado apresenta quatro músicas inéditas. Três delas com vocais.

"Canto umas coisas. Não é bem canção, são frases mesmo", diz.

Suas músicas já foram explicadas como uma espécie de reflexo da cena urbana atual, principalmente em relação a São Paulo. O caos, a falta de tempo e a urgência estariam ali relidos. Ao tocar pela terceira vez em Curitiba – primeira com o projeto Guizado –, Mendonça acha que a análise ainda é válida.

"Nunca passei muito tempo para sentir a essência de Curitiba, mas sei que a cidade é grande. Espero que minhas músicas tenham boa receptividade. Elas estão abertas para que as pessoas possam entendê-las".

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