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Múltiplo: Scliar se divide entre a literatura e a medicina | Divulgação
Múltiplo: Scliar se divide entre a literatura e a medicina| Foto: Divulgação

Linha do tempo

Saiba mais sobre a trajetória de Moacyr Scliar.

1937 – Nasce, dia 23 de março, em Porto Alegre (RS).

1963 – Forma-se em Medicina. Posteriormente, especializa-se em saúde pública como médico sanitarista.

1968 – Publica o seu primeiro livro, O Carnaval dos Animais, uma antologia de contos. Em 1972, estreia como romancista, com A Guerra no Bom Fim.

Já escreveu mais de 80 obras, o que inclui romance, conto, ensaio, crônica e ficção infanto-juvenil. É membro da Academia Brasileira de Letras (ABL). Já foi contemplado com os prêmios Jabuti, APCA e Casa de las Americas.

"Qual a importância da literatura na vida cotidiana das pessoas? E por que ler?". Amanhã, a partir das 20 horas, o escritor Moacyr Scliar vai responder a essas e a outras indagações. A pergunta, citada no início do parágrafo, é feita pelo jornalista José Castello a escritores que participam do Paiol Literário, evento promovido pelo jornal Rascunho, que acontece no Teatro Paiol.

Essas conversas, que acontecem uma vez por mês no palco do Paiol, são transcritas e, posteriormente, publicadas nas páginas do Rascunho. De certa maneira, apresentam-se como uma espécie de documento histórico que, entre outras nuances, revela como cada escritor se relaciona com a leitura e com o processo de criação literária. Os convidados costumam recuperar as suas trajetórias, de vida e, acima de tudo, de leitores. Vários nomes da literatura brasileira já participaram, entre os quais Milton Hatoum, Fabrício Carpinejar e Nélida Piñon.

Um dos aspectos positivos do evento é o clima informal, proporcionado pela condução de Castello. O mediador é um experiente jornalista (e também escritor), que consegue extrair relevantes informações dos convidados e ainda tem o timing para deixar o ambiente descontraído. Depois do bate-papo, que dura em média duras horas, o público tem a oportunidade de fazer perguntas diretamente ao escritor e, quando o evento é encerrado, vários leitores costumam fazer fila diante do autor para obter um autógrafo e uma foto.

O Paiol Literário também é uma oportunidade para ver, e ouvir, bem de perto, escritores lendo trechos de suas obras ou mesmo fragmentos de livros que eles admiram. O poeta gaúcho Fabrício Carpinejar, por exemplo, caminhou pelas escadas do teatro e interagiu bastante com o público durante a sua participação. O paranaense Wilson Bueno, por sua vez, mesmo sentado em uma cadeira, realizou uma das leituras mais emocionadas já registradas no evento – arrancou palmas da plateia, durante vários minutos, após declamar trechos do romance Amar-te a Ti Nem Sei Se com Carícias (Planeta).

Scliar é um excelente orador e deve recuperar passagens de sua experiência enquanto médico. No início de sua trajetória, ele escrevia os livros no horário do almoço, entre uma e outra consulta. Descendente de judeus, transforma a herança judaica em matéria-prima para a sua produção literária, a exemplo do que realizou no romance A Majestade do Xingu. O evento conta com o apoio da Gazeta do Povo.

Serviço

Paiol Literário com Moacyr Scliar e mediação de José Castello. Teatro Paiol (Pça Guido Viaro, s/n.º – Prado Velho), (41) 3213-1340. Amanhã, às 20 horas. Entrada gratuita.

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