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"Eu tenho 99 problemas na minha vida, e lançar um disco novo não é um deles..." Fatboy Slim, DJ e produtor, citando o hit "99 Problems", do rapper norte-americano Jay-Z | Divulgação
"Eu tenho 99 problemas na minha vida, e lançar um disco novo não é um deles..." Fatboy Slim, DJ e produtor, citando o hit "99 Problems", do rapper norte-americano Jay-Z| Foto: Divulgação

Paralela

Cinema, mashups e arte urbana estão entre outros diferentes interesses de Fatboy Slim. Confira:

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Com tantas idas e vindas ao país, Cook já tem suas preferências entre os artistas nacionais. "Eu amo o samba! Em minha última viagem ao Brasil, um amigo me apresentou o trabalho de Elis Regina, além de Seu Jorge e Caetano Veloso". Tudo bem até ai: são nomes e respostas até previsíveis, mas Fatboy Slim surpreende com outras opções. "Também gosto de João Brasil, e do trabalho d’Os Gêmeos." O primeiro esta entre os mais promissores nomes de produtores nacionais de mashups (subgênero que classifica músicas "novas", criadas a partir da sobreposição de diversos trechos de outras composições), enquanto os irmãos grafiteiros Otávio e Gustavo Pandolfo colhem os louros do reconhecimento internacional com suas obras no projeto Os Gêmeos, levando a arte urbana paulistana para galerias de todo o mundo.

Spike Jonze

A preocupação com a qualidade dos videoclipes também permanece na pauta de Cook. Alguns de seus trabalhos mais marcantes ganharam as telas pelas mãos de Spike Jonze. Caso da faixa "Praise You" e "Weapon of Choice" (que conta com o Christopher Walken como protagonista).

  • O DJ e produtor britânico Norman Cook – ou Fatboy Slim – completa 30 anos de carreira em 2011

promete uma bouncey latin acid party house – que, em uma tradução livre, seria algo como uma "agitada festa acid house com uma pegada latina". Foi assim que o DJ e produtor britânico Fatboy Slim (confira o serviço completo do show) definiu seu set em uma entrevista realizada por e-mail pela reportagem da Gazeta do Povo. "Provavelmente, essa é a melhor descrição de como será a noite. É obvio que, nessa época do ano, o espírito do carnaval ainda está no ar. Vou tocar muita batucada", revela, em tom amistoso. Ele se apresenta amanhã pela primeira vez em Curitiba, em meio a mais uma turnê de festas pelo país.

Natural de Reigate, no Reino Unido, Norman Cook é o nome de Fatboy Slim. Mesmo com o seu grande prestígio internacional, ele se tornou uma figura conhecida em festas e shows espalhados pelo Brasil desde 2005, quando deu o play pela primeira vez por aqui.

De lá para cá, carimbou o passaporte quase anualmente em nossos aeroportos e já agitou festas em pelo menos 12 estados diferentes. Seja nas pomposas e agitadas festas no litoral catarinense, ou em uma apresentação para 400 mil pessoas na praia de Copacabana (em 2007), com direito a passagens por Belém e Manaus.

Até o reality show Big Brother Brasil serviu como palco para Cook. O Paraná ainda estava em falta, mas isso será resolvido nesta apresentação pública que acontece na casa noturna Liqüe.

Seria mais um exemplo de artista internacional que rascunha uma espécie de "cidadania brasileira"? Pode ser, já que ele deixa claro que tem um "constante caso de amor" com seus fãs locais. "Eu amo os brasileiros e parece que eles também apreciam o meu trabalho. Gosto bastante do país, mas dou mais atenção para as pessoas. São amáveis, quentes e sempre procuram festas e bons momentos." Ganhamos mais um. E esse caso de amor pode se transformar em profissional. Quando perguntado sobre a possibilidade de uma parceria com algum artista brasileiro – ou mesmo um remix –, ele solta no ar um "Talvez. Se eu conhecer a pessoa certa...".

Todo mundo

Um de seus trabalhos mais recentes é fruto de uma ilustre parceria com outro britânico amigo da vizinhança brasileira. Fatboy Slim lançou ano passado o projeto multimídia Here Lies Love, com ninguém menos que David Byrne (ex-Talking Heads). Mas o disco não tem qualquer referência ao nosso país, bem pelo contrário. O olhar se volta para a história de Imelda Marcos, ex-primeira dama das Filipinas e uma das primeiras mulheres a atuar no meio político do país asiático. Ainda que em um sistema autoritário de lei marcial instituído por seu marido, o presidente Ferdinand Marcos, nos anos 70.

Para embarcar nessa história, Byrne e Cook contaram com a presença de uma série de cantoras de diferentes gêneros e ilustraram um interessante mosaico de vozes femininas. Tem Cindy Lauper, Santigold, Florence Welch, Tori Amos, Nicole Atkins, Sia, entre outras. O disco foi lançado pelo selo britânico criado por Byrne chamado Todo Mundo. Coincidência?

Mas, e o próximo álbum só do Fatboy Slim? Alguma previsão? "Eu tenho 99 problemas na minha vida, e lançar um disco novo não é um deles...", responde Cook, com uma malandra citação do grande hit do rapper norte-americano Jay-Z, a faixa "99 Problems", de 2004.

Big Beat

Fatboy Slim completa 30 anos de atividade em 2011, mas a alcunha utilizada por Norman Cook surgiu em meados dos anos 90, quando ele lançou o disco Better Living Trough Chemistry e despejou uma variedade sonora que passa por cima de alguns rótulos conhecidos. Não se prenda somente ao subgênero acid house – com suas acessíveis e hipnóticas batidas sonoras – como ele comentou no início do texto. Vai além disso.

O set de apresentações parte daí para mixagens com rock, pop, funk, break, música latina e o que mais encaixar. É basicamente a definição de outro sub­gênero da "multitemática" música eletrônica, o Big Beat, que ficou bem famoso no fim dos anos 90 e mantém, além do Fatboy Slim, outros nomes conhecidos pelo público brasileiro, como Chemical Brothers, Death in Vegas, Propellerheads, só para citar alguns.

Uma das grande unanimidades na discussão de gêneros e estilos (da música eletrônica ou não) é o sucesso do disco You've Come a Long Way, Baby, segundo disco de Norman Cook lançado em 1998 e considerado como um dos principais álbuns da década. Lá estão os hits "The Rockafeller Skank", "Praise You" e "Right Here, Right Now".

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