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“Robotarium SP”, de Leonel Moura (Portugal, 2010 | Divulgação
“Robotarium SP”, de Leonel Moura (Portugal, 2010| Foto: Divulgação

São Paulo - No segundo andar do Itaú Cultural, na Avenida Paulista, em São Paulo, artistas conversam em tempo real com cientistas de um laboratório em Atlanta. Testam as reações de neurônios de rato, em culturas vivas, aos estímulos enviados por câmeras no espaço expositivo, que captam os movimentos dos visitantes.

Braços mecânicos equipados com canetas então respondem às ordens desses neurônios e fazem desenhos sobre postes brancos.

Essa fusão de informação biológica com processos tecnológicos é marca da nova edição da mostra de arte eletrônica Emoção Art.Ficial, aberta ao público na última quinta-feira.

Na calçada, em frente ao museu, amoreiras de verdade ilustram essa ideia. Seus galhos se movimentam de acordo com níveis de poluição sonora detectados por sensores que acionam motores acoplados às plantas.

Da mesma forma que um campo de trigo sintético responde às ações do vento. Um ventilador sopra esses ramos imitando as correntes de ar reais que varrem a Paulista.

Mesmo as aranhas metálicas do artista canadense Bill Vorn, que não têm nada de orgânico na aparência, tentam emular o comportamento dos animais. A ideia é criar empatia do público com emaranhados de fios e alumínio que se debatem em fortes convulsões luminosas.

Mais uma vez, tudo brilha, rodopia, acende e apaga. Mas parece difícil chegar ao que pretendem com o nome da mostra – a emoção.

Serviço:

Emoção Artificial 5.0. Itaú Cultural (Av. Paulista, 149, São Paulo), (11) 2168-1776. Terça a sexta, das 9 às 20 horas; sábado e domingo, das 11 às 20 horas. Até 5 de setembro. Entrada franca.

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