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 | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

O Banco Nacional do Desen­­vol­­vi­­mento (BNDES) acaba de divulgar os filmes aprovados no Edital de Seleção Pública de Projetos Cine­­matográficos. Os recursos somam R$ 14 milhões – R$ 12 milhões para filmes de ficção e de animação e R$ 2 milhões para documentários –, empregados na produção e na finalização dos projetos.

Dos 25 selecionados, 11 vieram do Rio de Janeiro, 10 de São Paulo e apenas quatro de outros estados. Destes, o Paraná aparece com O Universo Graciliano, do catarinense Sylvio Back (foto).

O documentário vai abordar a vida e a obra de Graciliano Ra­­mos (1892-1953), autor dos clás­­si­cos da literatura brasileira Vi­­das Secas e Memórias do Cárcere. Dis­­posto a adaptar ao cinema o ro­­mance Angústia, também de Ramos, Back diz ter percebido que precisava pesquisar muito sobre a vida do escritor alagoano. Assim surgiu a ideia para O Universo Graciliano, que receberá R$ 300 mil do BNDES depois de ter vencido o prêmio de roteiro na Agência Nacional de Cinema (Ancine), levando outros R$ 70 mil. Back precisou de oito meses para escrever o documentário.

"Ele é o único escritor (do Bra­­sil) que não foi maltratado pe­­lo cinema brasileiro. Guimarães Rosa, Machado de Assis e outros foram", diz Back, elogiando as quatro adaptações feitas a partir das obras de Ramos – inclusive Vidas Secas (1963), de Nelson Pereira dos Santos. Depois de finalizar o documentário, o cineasta espera rodar Angústia ainda no ano que vem.

A lista do BNDES inclui os trabalhos de gente importante no cinema nacional: José Padilha, diretor de Tropa de Elite, emplacou o projeto Nunca Antes na História Deste País (o título faz referência a um bordão usado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva); e Breno Silveira (2 Filhos de Francisco) cria um drama de inspirações biográficas em Gonzaguinha e Gonzagão – Explode Coração. Para ficar em dois exemplos.

O processo de seleção dos projetos é feito por uma comissão de nove integrantes, formada a partir de profissionais do BNDES, do Ministério da Cultura/Ancine e do setor audiovisual (produtores, diretores, distribuidores, exibidores, críticos, curadores, etc.). Após a habilitação pelo BNDES, os projetos se submetem às etapas de pré-seleção e seleção final.

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